Flávia Morais e outros cinco deputados federais são expulsos de ofício do PDT
Voto
da parlamentar pelo impeachment custou o comando do PDT em
Goiás e provocou sua expulsão do partido
Flávia Morais dando o voto SIM pelo impeachment. |
Na
semana passada havia um verdadeiro suspense em torno da forma como a
deputada federal Flávia Morais (PDT) iria votar na sessão de ontem
(Domingo, 17) na Câmara dos Deputados, em que esteve em votação a
admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma
Rousseff (PT). Inclusive neste blog, na quinta-feira (14), destacamos
uma notinha da coluna Giro/O Popular, do repórter Jarbas Rodrigues
Jr, que falava justamente do “sumiço” da parlamentar goiana.
Todo mundo queria saber então como votaria a ex-primeira-dama de
Trindade, cidade onde é tida como forte candidata a prefeita nas
eleições de 2 de outubro deste ano. Havia um mistério no ar que
terminou no Domingo, quando Flávia Morais, contrariando uma
orientação do seu partido, anunciou no plenário seu voto em favor
do impeachment, justificando: “Pelo povo do meu Estado e
pelo povo de Trindade”.
Como
os pedetistas haviam fechado questão em torno da votação contra a
admissão do processo de impeachment da presidente Dilma
Rousseff, o voto de Flávia Morais chocou-se com a decisão
partidária, fazendo a alegria de muitos, mas deixando a deputada
goiana sujeita às sanções definidas pela direção nacional dos
pedetistas. E os dirigentes do partido resolveram agir rapidamente.
Logo nesta segunda-feira (18), os membros da Comissão Permanente da
legenda, reunidos na sede nacional do partido em Brasília,
“discutiram o comportamento dos deputados do PDT”, confirmando,
na sequência, “a decisão de expulsar os deputados infiéis”. O
comando do PDT em Goiás, até ontem presidido por George Morais,
marido da deputada Flávia, foi para o espaço também. Pedreira,
hein? Votaram contrariamente à decisão partidária, além de Flávia
Morais (PDT-GO), Mário Heringer (MG), Sérgio Vidigal (ES), Giovanni
Cherini (RS), Subtenente Gonzaga (MG) e Hissa Abrahão (AM) que foram
“expulsos, de ofício”, mas será garantido a todos “o amplo
direito de defesa previsto na legislação e nos estatutos”,
informa matéria no site do partido, reproduzida na íntegra, e em
vermelho, logo abaixo.
Caso
Flávia Morais não consiga se desvencilhar desse enrosco, sua
candidatura a prefeita de Trindade nas eleições deste ano ficará
prejudicada, invibializada, melhor dizendo. Afinal de contas, não dá
mais tempo para trocar de partido sem correr o risco de perder o
mandato parlamentar. Curiosamente, um deputado até pode ir ficando
sem partido enquanto exerce o mandato, mas não tem como se
candidatar sem estar filiado a alguma agremiação partidária.
Resumo da ópera, Flávia Morais ao votar pelo impeachment da
presidente Dilma Rousseff ficou bem na foto para uma significativa
parcela da população goiana, mas nas internas do seu partido ela
queimou o filme. Vejamos os próximos capítulos dessa novela.
Data:
18
de abril de 2016 | Fonte:
OM
- Ascom PDT - OM
O
PDT iniciou nesta segunda-feira (18/4) o processo de expulsão dos
seis deputados federais do partido que ontem, domingo, votaram a
favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) –
contrariando determinação expressa do Diretório Nacional.
A
decisão do PDT de votar contra o impeachment foi tomada em dezembro
do ano passado, sendo referendada posteriormente, por unanimidade,
pelo Diretório Nacional reunido em Brasília dia 22 de janeiro; e,
por último, confirmada na última sexta-feira (15/4), em reunião da
Executiva com integrantes da Comissão Nacional de Ética,
presidentes dos movimentos de base partidário e integrantes das
bancadas do PDT na Câmara e no Senado.
Reunida
nesta manhã (18/4) na Sede Nacional do partido, em Brasília, os
membros da Comissão Permanente discutiram o comportamento dos
deputados do PDT e, ao final, confirmaram a decisão de expulsar os
deputados infiéis.
Votaram
contra a determinação da direção do partido e foram expulsos, de
ofício, os deputados federais Mario Heringer (MG), Sérgio Vidigal
(ES), Giovanni Cherini (RS), Flávia Morais (GO), Subtenente Gonzaga
(MG) e Hissa Abrahão (AM).
A
Comissão de Ética, como anunciado, iniciou os processos de expulsão
garantindo a todos amplo direito de defesa previsto na legislação e
nos estatutos; e vai submeter o seu parecer ao Diretório Nacional do
PDT já convocado para decidir sobre o assunto no próximo dia 30 de
maio, no Rio de Janeiro.
Os
que forem dirigentes estaduais serão destituídos dos cargos, caso
do Espirito Santo, presidido por Sergio Vidigal; e Goiás, presidido
por Georges Morais – e também serão destituídas as comissões
provisórias do PDT nos estados de Minas Gerais e Amazonas
presididas, respectivamente, pelos deputados Mario Heringer e Hissa
Abrahão.
A
decisão de expulsar os infiéis foi tomada pela Executiva em
dezembro passado, ato referendado pelo Diretório nacional dia 22 de
janeiro e, por último, confirmado na sexta-feira passada (15/4) na
reunião da Executiva Nacional, com a Comissão de Ética, movimentos
partidários e bancada federal do partido. Os parlamentares, todos,
também foram avisados por escrito que corriam risco de expulsão
caso não votassem contra o impeachment.
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