Base aliada do prefeito de Trindade sinaliza que quer discutir a formação de chapa

Personificar o consenso entre os partidos da base aliada e ter história política são alguns dos requisitos do candidato a vice

Neste momento em que pululam nomes em notinhas de jornais daqui e até da capital, anunciados como possíveis candidatos a vice em futura chapa a ser encabeçada pelo atual prefeito de Trindade, Jânio Darrot (PSDB), é fácil perceber a contrariedade de vários líderes de partidos que apoiam a atual administração comandada pelo tucano, com essa situação. O negócio é que o posto ao lado do prefeito é cobiçado pelos políticos em geral, pois se trata, digamos, do homem a ser batido, que estará na disputa por sua reeleição à frente da Prefeitura Municipal, nas eleições de 2 de outubro deste ano.

Em tempo, apesar das negativas do próprio Jânio Darrot quanto afirmar sua disposição em concorrer novamente às eleições, ninguém acredita que o líder tucano trindadense deixará de disputar o pleito deste ano. E pela posição que ocupa, evidentemente, é tido como o favorito na corrida pelo que seria seu segundo mandato à frente da Prefeitura da “Capital da Fé”. É interessante deixar isso bem exposto para prosseguirmos.

Continuando, são poucos os líderes de partidos, no entanto, dispostos a falar de público sobre o assunto, ao menos por agora quando há em cartaz na verdade apenas o disse me disse, ou seja, a fofoca política. Até porque, o objetivo dos caras é ficar bem na foto com o prefeito. Dizem que em política o “bom cabrito não berra”, mas também ficar quietinho aplaudindo tudo, pode não ser uma boa prática, convém salientar. Veja a seguir, por exemplo, qual a opinião do presidente do PP em Trindade, Claud Wagner Gonçalves Dias (foto).

O líder pepista de Trindade defende que a “questão da indicação do candidato a vice na chapa do prefeito Jânio Darrot (PSDB) precisa ser discutida de forma célere e objetiva, para se evitar especulações e desgastes”. O ponto controverso aí é que deve estar havendo discussão mas num círculo restrito de apoiadores do prefeito, passando ao largo dos partidos. Eis a impressão que se tem do atual quadro.

E Claud Wagner chama ainda a atenção para o aspecto da quantidade de legendas envolvidas neste processo. “É preciso também, em nosso sentir, levar em conta, e isso até em respeito ao expressivo número de partidos que integram a base aliada do prefeito Jânio Darrot, que o candidato a vice não seja do mesmo partido, para que não seja formada uma chapa do tipo puro sangue”.

Bem ao estilo de quem puxa a brasa para a própria sardinha, o presidente do PP de Trindade destaca que o seu partido “tem nomes para indicar, inclusive o de Dária Rodrigues, ex-deputada estadual, e não pretende aceitar passivamente imposições engendradas de cima para baixo ou para agradar apenas um segmento da atual base aliada do prefeito de Trindade”.

Por fim, Claud Wagner afirma que, em sua opinião, “o candidato a vice do prefeito Jânio deve ser resultado de profundas discussões entre todos os partidos de sua base e personifique ainda o consenso em meio a essas quase vinte legendas integrantes do bloco de apoio à atual administração municipal e que este escolhido tenha história de trabalho e militância política”.