Para não dizer que não falei de feijão...

Item certo no cardápio dos goianos, o preço do feijão encareceu bastante nas últimas semanas



Saquinho de 1 Kg de feijão a R$ 12,99, em Trindade.
Que o preço do saquinho de 1 Kg de feijão deu um repique para cima nos últimos dias, todos nós estamos sentindo os efeitos nos próprios bolsos. Dando uma saracoteada entre as gôndolas de um supermercado de Trindade, neste fim de semana, a cestinha levada por este blogueiro ao caixa estava com muito pouca coisa dentro, mas o passeio foi o suficiente para constatar como funciona na prática uma das leis mais importantes da economia: A lei da oferta e da procura. Pois é.

Seca forte e justamente naquele momento em que o feijão precisa de água para crescer, quebrou a safra de um dos alimentos mais tradicionais da culinária brasileira, ao lado do arroz. Muita gente querendo comer arroz com feijão e queda do produto no mercado, o que acontece? Claro, o preço sobe inexoravelmente. A saca de 60 Kg de feijão, em Goiânia, tem sido comercializada a preços astronômicos. Vi cotação hoje de R$ 485,00, na capital goiana. E isso determinou que o saquinho de 1 Kg de feijão passasse a custar até R$ 15,00 nos supermercados! É, a coisa está feia mesmo, não há como duvidar. A carestia se instalou entre nós...

No meio do passeio ao supermercado daqui da “Capital da Fé”, encontrei o produto variando desde R$ 8,99 até R$ 12,99 o saco de 1 Kg. A trabalheira que dá para o produtor, a incerteza de que haverá produção para, depois de comercializada, cobrir os custos e remunerar o produtor e uma série de pessoas cujo trabalho no campo é essencial para termos alimento na mesa, não se discute. Quem trabalha precisa receber dignamente por isso. Agora, o problema, é que o trabalhador na outra ponta da cadeia de produção do feijão, no papel de consumidor, está com o orçamento familiar deficitário e os bolsos vazios.

Pior de tudo, não há como “pedalar” o orçamento da família, como fazem alguns gestores públicos à frente de governos, sobretudo estaduais e federal, e assim aliviam a falta de dinheiro em caixa. Neste contexto fica comprometida a dieta alimentar, ora se fica. Que venha logo e sem demora o feijão importado para, segundo a mencionada lei acima, aumentar a oferta e baixar um pouquinho o preço deste alimento, urgentemente.


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