Seria surpreendente se não houvesse político graúdo denunciado na Operação Lava Jato
Até
agora o espanto é pelo desassombro dos gatunos e a quantidade de
dinheiro surrupiado
Acompanhando
o noticiário da Operação Lava Jato que investiga a roubalheira na
Petrobrás, é difícil a gente se surpreender pelo envolvimento de
políticos velhos de guerra no esquema que certamente iria levar a
estatal à garra se a sangria não tivesse sido estancada pela ação
de policiais federais e procuradores, sob a coordenação do juiz
Sérgio Moro, titular de 13ª Vara da Justiça Federal, em
Curitiba/PR. Haveria surpresa, isto sim, ao menos em minha modesta
opinião, se delatores feito o senador cassado Delcídio do Amaral, o
ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, o ex-diretor da área
internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró, dentre outros figurões
protagonistas na gestão da petroleira do Brasil, tivessem revelados
as falcatruas nos contratos da estatal com as principais empreiteiras
do País e nelas não encontrássemos nenhum político em destaque
recebendo dinheiro indevido. Afinal de contas, faz muito tempo que
José Sarney, Renan Calheiros, Collor de Mello, Paulo Maluf, José
Dirceu, Lula, Aécio Neves, dentre outros, têm tido seus nomes
mencionados em episódios nebulosos de desvios de dinheiro público
daqui e dali. O impressionante mesmo tem a ver com o desassombro dos
gatunos executivos e/ou políticos metendo as mãos no dinheiro da
Petrobrás. Triste este aparelhamento político de órgãos públicos
e de empresas estatais também. Lamentável!
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