Romaria 2016: Falta de educação e respeito em eventos religiosos
Enquanto a procissão passa e o desfile de Carros de Bois acontece, ouve-se trilha sonora nada a ver com o espírito do evento em cartaz, e ambulantes atuam durante as missas campais
Estandarte da Procissão da Penitência: Multidão de fiéis acompanham |
No período da Festa de Trindade em louvor ao Divino Pai Eterno, uma tradição em cartaz lá se vão bem uns dois séculos, o início das atividades religiosas acontece ali pelas 5h, quando foguetes estouram na Alvorada de cada um dos dez dias de festejos. Daí a pouco, às 5h30, tem início a Procissão da Penitência, quando os fiéis se reúnem em volta de um estandarte com a imagem da Santíssima Trindade coroando Nossa Senhora, partindo da Igreja Matriz caminhando e rezando até o Santuário Basílica em forma de cruz, no alto do morro.
Trata-se de um momento religioso, solene, mas que algumas pessoas dão pinta de que não ligam importância a isso. Reparei que enquanto a multidão vai passando diante de determinadas barraquinhas os responsáveis deixam o equipamento de som ligado, os caras sequer diminuem o volume em sinal de respeito. Falta de educação, eu acho.
Algo semelhante a gente pôde perceber no tradicional desfile de Carros de Bois, na quinta-feira (30). Em vários trechos do percurso era fácil ver gente contrariada com o volume alto do som de veículos e até uma carroças com equipamento rodando música nada a ver com espírito do evento. De novo, tremenda falta de educação e respeito puro e simples às inúmeras outras pessoas que neste caso não estavam interessadas na trilha sonora a todo volume que destoava do sentido do desfile de Carros de Bois.
E nas missas campais os vendedores ambulantes agem como se estivessem andando em meio aos torcedores nas arquibancadas de estádios durante partida de futebol. A celebração religiosa vai acontecendo e a gente ouve a todo instante um vendedor oferecendo "Cafezinho por R$ 1,00", "Uma vela é R$ 3,00 e duas por R$ 5,00", "Olha a água para benzer, R$ 2,00 a garrafa", "Quer pipoca, freguês?" Ah, sim! A Sagrada Escritura, a propósito, conta que certa feita o próprio Jesus deu um belo esporro no pessoal que estava comercializando no templo, fazendo do local um verdadeiro mercado. Tem lugar para tudo, senhoras e senhores.
Mais não digo nem me foi perguntado...
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