A responsabilidade de eleitores e políticos em tempo de eleição

A hora dos políticos se mostrarem mais responsáveis com discursos e planos de governo



O internauta que é também eleitor, terá que cumprir a obrigação de votar nas eleições de 2 de outubro deste ano, para eleger o prefeito, o vice-prefeito e os vereadores de Trindade e, claro, dos demais 246 municípios goianos e os mais de 5,5 mil municípios brasileiros. Alguma novidade? Nenhuma, ora pois. E neste sentido é mais do que recomendável que o eleitor analise a propaganda, as mensagens, os discursos, as propostas enfim, de todos os candidatos para aí, sim, decidir em quem votar.

E acho conveniente deixar bem claro o seguinte. Votar, ser responsável ao escolher o candidato, trata-se de algo da total responsabilidade do eleitor. E que ele cumpra essa parte que lhe cabe no processo político sem ilusões, seja o mais pragmático possível. Quando ouvir candidato falando coisas como, se eleito, o povo estará com ele poder, pode dar de ombros, pois isso é pura conversa fiada para boi dormir. Caso algum candidato diga que vai revolucionar a cidade se for eleito, igualmente pode botar semelhante argumento na conta das embromações típicas das campanhas eleitorais.

Na verdade, o povo que estará no poder com o eleitor nada tem a ver com o conjunto da sociedade, mas, sim, com aquele pessoal todo em volta do vencedor, seus familiares, amigos próximos e, evidentemente, seus apoiadores. A Prefeitura pode até ser uma “mãezona”, mas não tem como arranjar uma “boquinha” para os 117.454 habitantes, conforme estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a população de Trindade neste ano. E muita gente também não está interessada nisso aí não.

Revolucionar de verdade a vida da população, sejamos francos, é tarefa grande demais para qualquer político que por ventura esteja pedindo votos para prefeito ou vereador. Isso aí tem mais a ver com as pessoas e a disposição e vontade de mudar-se e cuidar melhor da própria vida, sei lá. Se o camarada que for eleito fizer um bom trabalho, atrapalhar o mínimo possível a vida dos munícipes, garantir a melhor qualidade dos serviços em Educação, Saúde, Urbanização (asfalto, iluminação, coleta regular de lixo, trânsito organizado nas ruas e avenidas...), na medida do possível, consiga engendrar ações capazes de atrair novas empresas, bem como incentivar aquelas já existentes, com reflexos na geração de emprego e renda no município, administrar bem as finanças públicos, já estará de bom tamanho.

Além disso tudo, vale a pena dizer que, do lado dos políticos candidatos, é de se esperar real compromisso com o que dizem e apregoam em tempo de caça ao voto. O líder precisa ter responsabilidade com aquilo que fala. Chega de gente que fala uma coisa pela manhã e outra totalmente em contrário logo à tarde. Convém estruturar um plano de governo para ser mostrado ao eleitorado, mas um plano que faça sentido, que seja verdadeiramente o norte da futura administração e não apenas um amontoado de palavras e ilustrações impressas em papel que, passadas as eleições, permanecerão como letra morta. Meros discursos vazios, recheados de frases de efeito, podem e devem ser evitados. Resumindo e já terminando, que eleitores e político sejam responsáveis por seus atos e omissões. É isso aí!


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