Entrevista: Alexandre Compleite, candidato a Prefeito de Trindade

“Eu entrei para ganhar e vou trabalhar para isso”

Candidato sem coligação nem mesmo para a chapa de vereadores, Alexandre declara crença em sua vitória e diz querer “uma chance de provar que posso fazer muito por Trindade”



Alexandre Compleite, nascido Alexandre Ribeiro, em Itaberaí/GO, no dia 7 de abril de 1971, é casado e tem 4 filhos. Trabalha como representante comercial lá se vão 22 anos e advogado. Foi vereador em Trindade, tentou tornar-se deputado estadual, nas eleições de 2014, mas não deu. Agora apresenta-se determinado a conquistar o mandato de prefeito da “Capital da Fé”, no pleito de 2 de outubro deste ano. A bordo de uma candidatura solitária pelo Democratas, sem coligação nem mesmo para a chapa de vereadores, Alexandre fala que está preparado para ser prefeito de Trindade e anuncia o seu compromisso de “ser um dos melhores gestores que a cidade já teve”. Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista exclusiva realizada na semana passada no escritório do candidato que estava às voltas com documentos e livros utilizados na preparação do plano de governo a ser apresentado em breve. Boa leitura a todos.

Blog - Por que o Sr. quer ser prefeito de Trindade?
Alexandre Compleite - Quero dar um pouco do que essa cidade já me deu de volta. Mudei para Trindade com 1 dia de nascido, me criei aqui, meus amigos estão aqui, meus filhos nasceram aqui. E meu sonho é ver essa Trindade virar uma cidade de primeiro mundo, uma cidade industrializada, uma cidade com potencial e deixar de ser o que ela é hoje, hoje ela está muito aquém do que poderia ser. E também não podemos ser hipócritas a ponto de dizer que quem está na política não quer evoluir. Eu comecei como vereador, fui a [candidato] deputado e o sonho do político, de todo político do município, é ser prefeito. É um sonho, é uma coisa que eu almejo, e eu quero uma chance de provar que eu posso fazer muito por Trindade.

Blog - O Sr. se considera preparado para administrar a Prefeitura de Trindade?
Alexandre Compleite - O que eu penso que é um bom administrador, é um cara que sabe gerir, que tem uma equipe boa, porque ninguém administra sozinho, eu vou ser o prefeito, mas eu vou ter uma equipe ao meu redor, lógico que eu não vou entendo todas as coisas, eu não entendo da área de finanças do município, mas eu sou advogado, eu vou estudar, vou aprender, além disso vou ter uma equipe preparada, uma equipe técnica para me ajudar, governar é isso aí, é em equipe. A preparação vai vir, lógico, eu estou acostumado com o Legislativo, mas lógico que o Executivo não me amedronta não, e eu estou preparado para enfrentar e vou fazer. Meu compromisso é ser um dos melhores gestores que a cidade já teve, isso eu te garanto.

Blog - O Sr. estava falando do seu histórico como vereador. Teve uma passagem meio tumultuada no seu relacionamento com o prefeito na época [Ricardo Fortunato], mudou de partido, teve problema, até perdeu o mandato por conta disso. O que podemos esperar da sua conduta política no exercício do mandato de prefeito?
Alexandre Compleite - O problema meu na Câmara foram divergências políticas eu fui escolhido pelo povo, eu entrei lá para fazer coisas em prol do povo, não em prol de políticos, eu acho que os acordos políticos têm que ser feitos em beneficio do povo, não dos políticos. Então, o quê que aconteceu? Quando eu entrei, era do PMDB, a primeira coisa que chegaram em mim foi me dando ordens. “Ah, que você tem que fazer isso”. Não, eu não recebo ordens, eu estava ali como funcionário do povo, não funcionário de ex-prefeito, de prefeito, ou vereador. Já começou aquela besteira de grupo, de gê não sei de quê. Isso para mim já é barganha, já é falcatrua, já era uma coisa que eu batia em cima, eram eleições de 6 meses para presidente de Câmara. Então, assim, fui perseguido, mas, esquece, isso aí ficou para trás. A questão de prefeito, é lógico que eu tenho a minha postura, o meu pulso, eu sou um cara assim com temperamento às vezes um pouco..., mas isso não me prejudica em nada na administração, acho que todo administrador tem que ter sim um pulso forte, e saber a hora de mandar e a hora de pedir. Vou fazer uma gestão séria, é a minha postura de homem sério, e vou fazer uma gestão séria. Só isso. Não sou um cara de ficar dando um tapinha nas costas de mentirinha. Eu gosto de gente que trabalha, gente que merece o salário. E é essa a gestão que eu vou fazer, valorizando quem trabalha e quem tem realmente interesse em ver Trindade crescer.

Blog - Por que o Sr. não quis compor com ninguém?
Alexandre Compleite - Na verdade, nesses dias aí que antecederam as convenções, eu tive várias reunião, que eu vi coisas que pensei que nunca pensei ver. Gente negociando a Prefeitura, gente fatiando a Prefeitura, com coisas como se a prefeitura era deles. Eu vejo a Prefeitura, a cidade é do povo. Então, gente que me pedia dinheiro para vir para o meu grupo. Eu não compro ninguém, eu não me vendo e não compro ninguém. Então, preferi optar por uma chapa pura, uma coisa, pessoas que estão comigo, estão por confiança, acreditam no meu potencial, acreditam na minha pessoa, eu não me vendi e nem comprei ninguém. Eu tenho aquela frase que eu sempre falo: “Eu prefiro perder por falta de dinheiro a ganhar por falta de vergonha”. Fiz chapa é pura sim, não me envergonho disso, minha vice também é uma pessoa nova que não tem rejeição, que não tem vícios, eu prefiro pessoas que não tenham vícios políticos perto de mim, do que pessoas aí que vêm por interesse. E a minha concepção de política é essa. Eu acredito que eu posso fazer muita coisa sendo independente, sem vínculos, sem ter que dar emprego para presidente de partido, sem ter que dar emprego para parentes de vereador. Eu vejo a política dessa forma, uma política séria, sem conchavos, sem barganhas, que atua em prol do povo, uma política enxuta. Eu quero manter a minha postura de um cara reto, limpo e qualificado.

Blog - Mas sem uma coligação, sem nenhum apoio, vínculos, porque na Câmara você precisará de apoio.
Alexandre Compleite – Lógico, a gente sabe que... Mas eu vou fazer uma gestão limpa, o prefeito quando está limpo ele não precisa ficar comprando vereador não, e a gente fez uma chapa completa com vereadores do DEM. Acho que a gente consegue fazer aí uns dois vereadores, talvez até mais, mas eu vou depois dialogar com todos, acredito que uma conversa séria, eu acredito que vai ter uma renovação também naquela Casa, vão entrar pessoas novas lá que têm um idealismo iguais ao meu. Pessoas que querem mudanças. Então assim, a gente não consegue trazer todos todo mundo. Acho que nenhum vai fazer a maioria, acho que tudo é conversa, e depois que acabar a eleição todos têm que unir em prol da cidade, não em prol de partidos. Tem que acabar com esse negócio de fazer as coisas pensando em reeleição ou em próximas eleições. Então, é fazer a coisa da maneira certa e chegar com ideias novas e ideias boas. Acho que todo mundo veste a camisa dessa forma. Não precisa de comprar ninguém nem me vender para isso.

Blog - O Sr. acredita mesmo na vitória?
Alexandre Compleite - Sim, lógico que sim. Eu vou trabalhar para isso, acho que para Deus nada é impossível. Eu vou trabalhar. Eu sei que é difícil, mas não tem nada nada fácil. Eu nunca vi uma eleição fácil, todas de que participei foram difíceis. Vou trabalhar para isso e se o povo resolver me dar a oportunidade eu acredito que sim. Por que não? Todo mundo que está participando da eleição tem uma chance de vencer a eleição. Eu entrei para ganhar e vou trabalhar para isso.

Blog - Pouco apoio político partidário, só o seu partido, e recurso para a campanha vai ser do mesmo jeito ou isso aí já é outra seara?
Alexandre Compleite - Minha campanha vai ser uma campanha independente, uma campanha limpa, com pouco dinheiro. Enquanto você não compra ninguém você não precisa de muito dinheiro. Eu não vou gastar aí milhões numa campanha para depois eu entrar lá dentro ter que tirar esse dinheiro de volta. Eu não quero isso. Eu vou gastar o que eu posso gastar, o que eu precisar gastar. A gente tem, sim, apoio do partido, de alguns amigos, a gente vai trabalhar honestamente. Eu vou ser o cara que não vai comprar nada, que não vai dar nada, a intenção é mudar essa concepção de toma lá, dá cá, que a política tem. Então, eu acho que é o seguinte, o cara que entra num eleição e gasta acima do que ele vai ganhar, ele está com más intenções, e minha intenção não é essa. Eu quero entrar limpo e quero sair limpo. Se eu tiver essa oportunidade bem, se não tiver, paciência. A gente vai cuidar da vida da gente. Eu costumo dizer que o político tem que ter profissão. Corram desses políticos aí que a profissão deles é político. A minha profissão não é político. Eu estou entrando na política, mas eu não sou político de profissão. Minha profissão é advogado, eu tenho empresa. Então assim, a minha segue da mesma forma se eu perder, mas eu vou trabalhar sim para ganhar e mesmo com pouco recurso, a gente sabe que não é impossível não. Não é não. Eu vou fazer uma campanha limpa e bonita e pedindo uma oportunidade e dizer que eu posso fazer mais. E eu posso.

Blog – O Sr. falou de novas ideias, caso vença as eleições qual seria seu principal projeto?
Alexandre Compleite - Primeira coisa que quero fazer é enxugar a máquina. Acho que quando se tem uma empresa que gasta mais do que ganha, qual é o futuro dessa empresa? Falir. Então, a ideia principal é enxugar a máquina. Da mesma forma o órgão público. Se está gastando mais do que ganha, o futuro desse órgão é falir. Então, o primeiro passo é enxugar a máquina. Eu quando fui vereador, no meu gabinete não entrava nada, eu não tinha mordomia, eu não aceitava mordomia. Eu acho que vereador tinha que lanchar na casa dele. Então, lá é salgadinho, refrigerante, suquinho. No meu gabinete não entrava isso. Eu vou acabar com as mordomias. Esse negócio de secretário andar em carro de Prefeitura, igual a gente vê secretário buscar até filho na escola. Isso vai acabar, vou enxugar a máquina, vou reduzir o número de secretarias, esse é um dos meus primeiros passos. Eu acho que pondo a casa em ordem aí eu vou conseguir respirar e ver o caminho que vou tomar. Eu acredito que a gente pode aí reduzir muita coisa e vai sobrar muito dinheiro para investir na cidade em obras públicas municipais. Hoje as obras que a gente tem na cidade a maioria são federais. Tem condições de fazer obra municipal sim, e o passo é esse aí, diminuir, enxugar a máquina e olhar para frente. E aí você tem espaço para respirar e trabalhar.

Blog - Na sua opinião qual é a maior carência da cidade de Trindade, dentro da zona de atuação da prefeitura?
Alexandre Compleite - Para falar a verdade, eu que Saúde deixa a desejar, a saúde nossa hoje ela está muito aquém do que poderia ser. Limpeza Pública, a cidade é uma cidade suja, feia, uma cidade encardida, uma cidade turística que não tem uma calçada padronizada. Não tem nada. Quais os pontos turísticos que nós temos em Trindade? Nenhum. Praticamente aquela Via Sacra e tem umas árvores que tamparam as imagens. Então assim... Emprego, o tão sonhado pólo industrial, cadê? Cadê o pólo industrial? O governador é da base do atual prefeito e, cadê o nosso pólo? Pega nossas áreas e dá para os empresários da cidade. Para quê? Para garantir voto. Tem que trazer gente de fora. Lógico que tem que valorizar o cara daqui, mas traz gente de fora. Nós vamos criar, nós vamos trazer, uma área... Aparecida de Goiânia agora está criando um outro pólo. Por quê lá evolui desse tanto e aqui está parado? Tirar essa fama propineira de Trindade, que o cara tem que vir para cá e tem que pagar para ter uma área, pagar para construir uma empresa dele. Em 12 anos veio uma grande industria para Trindade, que é a Fricó, que está aí funcionando por liminar, por incompetência de políticos, que deixaram fazer uma empresa numa área que era residencial. Então, quer dizer. E nossos filhos vão para onde, vão trabalhar onde daqui a uns dias? Cidade com 120 mil habitantes e não tem um pólo. Pega Goianira, a arrecadação de Goianira é maior do que a de Trindade. Então assim, Segurança, não é só PM [Polícia Militar] não. Segurança é cidade limpa, sem mato, iluminada. Você vê reclamações de moradores ai, tem um ano que estão pedindo uma lâmpada na rua deles. Isso é uma vergonha, rapaz. Limpa a cidade, coloca câmeras nos logradores públicos, ilumine a cidade. Diminui, no mínimo, 30% da criminalidade, principalmente os pequenos crimes. Então assim, são muitas carências. Educação, a gente evoluiu muito, acredito que sim. A secretária é uma pessoa muito super-competente, mas pode melhorar, a agente precisa de mais creches. Tem muita criança sem creche. Tem que trabalhar e para trabalhar precisa de dinheiro. Então, por isso é que eu falo que o primeiro passo é enxugar a máquina. Eu acredito que se enxugar a máquina hoje sobram 2 milhões a mais de reais por mês. E a gente consegue, com 2 milhões de reais, fazer muita coisa. Então assim, estou dando alguns exemplos, mas a gente quer atuar em todas as áreas. Lazer, qual o lazer que a gente em Trindade hoje? A gente não tem. A gente não tem calçada de passeio, muito poucas. A gente tem aí na região Leste que está abandonada, região sem área de lazer. Eu vou ser um prefeito que vai trabalhar os quatro anos. Não vou trabalhar só seis meses igual aos que passam aí não, isso eu garanto. Um cara que estará presente, que vai entrar e sair pela porta da frente da Prefeitura. Não vai sair pelos fundos para não falar com ninguém não. Isso eu garanto, a minha ideia principal é essa.

Blog - O que seria o grande obstáculo para o desenvolvimento de Trindade hoje, a falta de dinheiro, porque reclamam. Dizem que o pico de arrecadação de Trindade são 15 milhões de reais num mês, e geralmente ali próximo da Festa de Trindade, na Romaria no meio do ano, depois cai muito isso, mas o obstáculo seria esse dinheiro curto ou tem outra coisa?
Alexandre Compleite – Não, eu não acho que arrecadação da nossa cidade não é ruim não, ela está muito aquém do que poderia ser, lógico, mas aí que entra o negócio das indústrias, o incentivo, trazer empresas. Cidade nenhuma cresce sem emprego. Hoje nós temos, mais ou menos, aí na última pesquisa que eu vi, que em torno de 60% da população trabalha fora, que migra para outra cidade. Então assim trazer indústrias para a cidade, a cidade tem que crescer, arrecadar mais e para arrecadar precisa ter indústrias, tem que ter emprego. Porque quando tem emprego o supermercado vende mais, a padaria vende mais. Então assim, todo mundo ganha com isso. Tem que criar um método, um cronograma, tem que trazer. Gente, vai à Brasília, vai, vamos correr atrás, fazer projetos, tem que conseguir umaa área e fazer esse pólo empresarial. A gente tem aqui o pólo que está falando que vai ser um pólo privado, mas é privado. Nós precisamos de um pólo público. Nós temos que copiar o modelo de Aparecida de Goiânia. Tem aquela história, “nada se cria, tudo se copia”. Vai lá, senta lá, olha aquilo lá, estudar. Vamos trazer aquela ideia para Trindade. Hidrolândia levou lá, não sei, parece que a Hyundai, e está dando mais de um mil empregos. Hidrolândia está mais bem localizada do que Trindade? Eu acho que não. Nós perdemos a Matsuda para Goianira, que está lá hoje dando 700 empregos. Por quê, porque chegou aqui e quiseram extorquir o cara que foi para Goianira, ganhou uma área lá, o dobro daqui e está lá dando 700 empregos. Quer dizer, empregos que poderiam ser nossos, de nossa cidade. Então assim, o primeiro passo é este, tirar essa imagem ruim que Trindade tem de cidade propineira, uma cidade que tem que pagar para entrar nela com uma empresa. E o meu objetivo é esse, fazer ela crescer dessa forma: empresas, emprego. Emprego traz dignidade para a pessoa. O pai que não tem emprego, ele não vai, você sabe, que dignidade que o cara tem, um cara que não emprego. Chegar na casa dele e ver lá a energia cortada, a água. Meu sonho é passar naquela Rodoviária de madrugada, igual eu já passei muitas vezes transportando leite e vê-la vazia, sem ninguém para pegar ônibus para ir para Goiânia, para outra cidade para trabalhar. Esse é o meu sonho para Trindade.

Blog - Se o Sr. ganhar as eleições pretende formar sua equipe de governo somente com membros do seu partido, o Democratas, ou vai expandir isso para outras legendas até mesmo para ter apoio no Legislativo?
Alexandre Compleite - Não, eu vou forma o meu grupo com pessoas técnicas, não interessa partido. Eu sou partidarista? Sou. Eu visto a camisa do meu partido, que é o Democratas, mas eu quero pessoas técnicas, independentemente de que partidos sejam, vou colocar lá pessoas capazes de gerir e de administrar. Se não conseguirem, demito, isso você pode ter certeza. Pulso, é igual ao Ronaldo [Caiado, senador e presidente Regional do Democratas em Goiás] fala, “coragem não nos falta”. Então, pessoas técnicas, pessoas qualificadas. Quem quer trabalhar, no meu governo você não vai ver falar que neguinho está recebendo sem trabalhar não. Isso não vai existir não. Tem que trabalhar. Eu valorizo quem trabalha. Quem não trabalha, para mim, está fora.

Blog – No comando da Prefeitura de Trindade, o Alexandre Compleite, prefeito... O Sr. Se imagina com um estilo assim mais conciliador, contrariando o seu estilo, ou não, vamos sempre assim, faca no dente, sangue no olho, uma coisa parecida?
Alexandre Compleite – Não, eu acho que a gente pode conciliar as duas coisas. Você tem que saber a hora de empurrar e a hora de segurar. Então assim, eu vou fazer uma gestão... Lógico que eu não vou deixar ninguém dar tapa na minha cara, mas vou fazer uma gestão limpa, transparente, com certa rigidez, pois o administrador tem que ter uma postura, mas também não vou radicalizar e brigar com todo mundo, brigar com vereadores, não, a ideia não é essa, a ideia é trabalhar em prol de Trindade, não tenho essa ideia também de consolidar meu grupo não, acho assim que as pessoas que vêm para perto de você, tem que vir porque gostam de você, e porque confiam em você. Eu não tenho que ficar dando cargo para alguém para ganhar um voto na Câmara não. Tem que acabar com essa concepção de política. E a minha ideia é fazer uma gestão transparente, limpa, com cargos técnicos, pessoas capazes, qualificadas. E a gente tem muitas aqui, inclusive pessoas que estão aí nesse mandato. A gente, lógico que a gente vai aproveitar se tivemos a oportunidade de aproveitar e conversar, vamos aproveitar sim. Não estou aqui para desfazer de pessoas que trabalham não, pelo contrário, eu quero valorizar quem trabalha, minha ideia é essa, pessoas boas, íntegras, que trabalha, que merecem o salário que recebem. É isso, a ideia é essa.

Blog - Um núcleo de poder de Trindade, muito atuante, que é a igreja Católica, principalmente o pessoal ali ao redor do Padre Robson de Oliveira Pereira, o Provincial da Congregação Redentorista, tem uma força enorme junto ao prefeito e até ao governador do Estado. Qual é o seu relacionamento com esse pessoal?
Alexandre Compleite - Se eu te falar que tenho uma amizade definida com o Padre Robson, eu não tenho. Eu tenho uma admiração por ele. Acredito que grande parte da nossa evolugação aqui veio através dele, através da Igreja e temos que valorizar isso. E a gente vai valorizar isso. É lógico que a gente tem que ter essa união, porque a cidade é uma cidade turística. Você tem que ter uma amizade. Eu pretendo sim conciliar com a Igreja, conciliar não porque a gente não é brigado, a gente tem que ter essa união com a Igreja para a gente criar até projetos juntos, projetos turísticos, porque o pessoal que vem até a cidade, vem pela Igreja. O Padre Robson, ninguém pode negar que é um grande, além de um cara empreendedor, que fez a imagem da nossa Igreja aqui, é uma figura ilustre de nossa cidade e eu respeito e admiro isso e quero sim ser parceiro da Igreja. Não tem essa picuinha minha com a Igreja, nunca tive e não quero ter isso. Eu quero trabalhar junto sim. E vamos criar projetos bons para Trindade, juntos com a Igreja, com certeza.


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