Falando mais um pouquinho sobre os candidatos a prefeito de Trindade
O
eleitor deve prestar atenção à política, aos discursos e
propostas dos candidatos, para eleger aquele que comandará a máquina
pública municipal
Passado
o período em que os partidos deveriam realizar as convenções para
deliberar e escolher os candidatos a vereador vice e prefeito, bem
como as coligações, conhecemos agora os 4 políticos
interessadíssimos em disputar as eleições de 2 de outubro deste
ano, e dispostos a assumir o comando da Prefeitura Municipal de
Trindade a partir do primeiro dia de janeiro de 2017 e lá
permanecendo até o dia 31 de dezembro de 2020.
Quem
gosta de um ou de outro concorrente vai destacar o que se entende por
qualidade, fazer o máximo possível para esconder as limitações do
camarada, além de torcer o nariz para os demais pretendentes ao
cobiçado posto de comando do poder Executivo Municipal, cuja receita
gira ao redor de 15 milhões de reais por mês. Simplificando, as
campanhas eleitorais fazem justamente isso, salienta as virtudes ou
competências de um e amplifica as vícios ou incompetências ou
limitações dos outros, os adversários.
Então,
ilustre internauta, caso ache que este atual cardápio
político-eleitoral de Trindade não lhe esteja à altura, você pode
buscar uma agremiação partidária, filiar-se a ela, mostrar
serviço, falar sobre as suas ideologias, seus projetos para a
comunidade, atuar dentro do partido escolhido, colocar seu nome à
disposição da legenda, disputar votos internamente, se necessário,
e candidatar-se também. Agora, só que isso valerá para as eleições
de 2020, porque para as deste ano não dá mais.
Retomando,
a gente pode achar isso e aquilo de qualquer um dos quatro candidatos
a prefeito da “Capital da Fé”, menos dizer que se trata de gente
inexperiente, que não tem noção do que é administração pública.
É sério isso, internautas incrédulos. Todos os quatro concorrentes
aí à caneta mais poderosa, com mais tinta, do poder público
trindadense, já desempenharam funções públicas. Está duvidando?
Ora, vejamos.
O
advogado Alexandre Ribeiro, conhecido por Alexandre Compleite, foi
eleito vereador, nas eleições de 2012, então no PMDB, quando
recebeu 1.046 votos. Teve uma passagem conturbada pela Câmara
Municipal de Trindade, trocou de partido no exercício do mandato que
terminou cassado. Depois tentou se eleger deputado estadual, já no
Democratas, nas eleições de 2014, mas os 8.965 votos recebidos
então foram insuficientes para lhe garantir uma cadeira na
Assembleia Legislativa de Goiás. Aos 45 anos de idade, Alexandre
quer agora ser prefeito de Trindade.
O
médico Antônio Carlos Caetano de Morais, o Dr. Antônio, é
deputado estadual eleito então no PDT, com 21.155 votos (destes,
7.436 foram obtidos em Trindade mesmo), nas eleições de 2014. Mas
Dr. Antônio já foi vereador em Trindade, de 2009 a 2012, eleito
então no PSDB, com 1.573 votos, e chegou à presidência da Câmara
Municipal. Dr. Antônio trocou o PDT pelo PMB, mas acabou entrando
para o PR, legenda pela qual quer conquistar, aos 54 anos, o mandato
de prefeito de Trindade nas eleições 2016.
Médico
veterinário e empresário Jânio Carlos Alves Freire, o Jânio
Darrot (PSDB), tentou ser prefeito de Trindade candidatando-se nas
eleições de 2008, recebeu 21.092 votos, que não foram suficientes
para lhe dar a vitória. No ano de 2010, Jânio concorreu a deputado
estadual, obteve 46.004 votos, elegendo-se para o cargo. Na
sequência, se afastou do Legislativo estadual para assumir o cargo
de Secretário de Desenvolvimento da Região Metropolitana. Logo em
seguida, nas eleições de 2012, Jânio concorreu de novo, conquistou
27.174 votos, terminou eleito para o cargo pelo qual está novamente
na disputa, aos 60 anos de idade, por mais um mandato.
O
advogado e empresário Ricardo Fortunato, então no PSB, tentou ser
prefeito nas eleições de 2000, recebeu só 393 votos. Em 2004, no
PL, foi eleito vereador com 1.031 votos. Nas eleições de 2006,
Fortunato tentou ser deputado estadual, e no PSC, recebeu 9.806,
insuficientes para a vitória. Mas em 2008, já no PMDB, Ricardo foi
eleito prefeito de Trindade com 22.360 votos, exercendo o mandato de
janeiro de 2009 a dezembro de 2012. Nas eleições daquele ano,
Fortunato tentou a reeleição, conquistou 18.859 votos, ficando na
segunda posição, não conseguindo o novo mandato pretendido. Agora,
aos 43 anos, Fortunato quer ser outra vez prefeito da “Capital da
Fé”.
Um
desses senhores estará, a partir do primeiro dia de janeiro de 2017,
com a responsabilidade de fazer com que a estrutura da Prefeitura
Municipal de Trindade devolva aos mais de 114 mil habitantes, na
forma de serviços públicos de qualidade nas áreas da Educação,
Saúde, Urbanismo, Assistência Social, Esportes, Lazer, Cultura,
Transportes e Mobilidade, dentre outras incumbências municipais, a
dinheirama que se paga, sem choro nem vela, em impostos ao insaciável
Erário trindadense.
De
agora até o dia das eleições, espera-se que os 78.166 eleitores
(dados do Tribunal Superior Eleitoral) da “Velha Trindade da Fé e
do Amor”, prestem mais atenção à política, dediquem mais um
tempinho para ouvir, ler, conhecer os discursos e propostas dos
ilustres candidatos, analisar e votar, escolhendo um desses
candidatos para dirigir a máquina pública municipal, que convém
ser posta a serviço da coletividade e não em favor dos interesses
de uns e outros ali nas proximidades do prefeito da ocasião. É
simples assim.
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