Mais um tiquinho de prosa sobre as inovações da campanha eleitoral deste ano
A
partir do dia 16 os candidatos já podem sair às ruas pedindo votos
aos eleitores
Os
candidatos a vereador, vice e prefeito têm até o dia 15 deste mês
para fazer os respectivos registros das candidaturas junto à Justiça
Eleitoral. Feito isso e não havendo quaisquer possíveis embaraços
judiciais, já na terça-feira (16) da próxima semana, esse pessoal
poderá sair às ruas na temporada 2016 de caça ao voto. No caso de
Trindade, com uma população estimada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), em 117.454 habitantes, o eleitorado
apto a votar é do tamanho de 78.166 eleitores, segundo dados do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e os candidatos vão ter que suar
a camisa, gastar sola de sapato e conversar muito mesmo para fazer-se
conhecer por esse povo todo da “Capital da Fé”.
Importante
destacar que a campanha deste ano tem novidades, começando pelo
tamanho ou duração da temporada de caça ao voto. O início será
no dia 16 de agosto, enquanto que as eleições ocorrerão já no dia
2 de outubro. Candidatar-se dá trabalho e o sujeito tem que
enfrentar a burocracia eleitoral. O candidato precisa se inscrever no
Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), abrir conta corrente
no Banco do Brasil, imprimir o material e, aí sim, sair atrás do
eleitor, na tentativa de conquistar-lhe a confiança, o voto. Logo, a
campanha, de fato, deve ter início mesmo ali pelo dia 20 deste mês.
Não há tempo a perder, convém frisar.
Tem
outras inovações para a disputa eleitoral deste ano. Empresas não
podem mais fazer doação para partidos ou candidatos nas eleições
deste ano. Apenas pessoas físicas podem doar e tem limite para isso,
até 10% da renda declarada no Imposto de Renda do ano passado. Os
gastos de campanha estão limitados e a contratação de pessoal
idem. Candidato a prefeito de Trindade poderá gastar até R$
1.729.169,17, podendo contratar até 348 pessoas. Por sua
vez, candidato a vereador tem gasto autorizado de, no máximo,
R$ 61.177,53, podendo contratar até 174 pessoas.
A
Justiça Eleitoral deve ser mais rigorosa na análise da prestação
de contas dos gastos de campanha que serão apresentadas pelos
candidatos no pleito deste ano. O papelório todo deverá ser
elaborado por um contador, além de passar pelo crivo de um advogado.
Depois disso é que o candidato deve encaminhar suas contas à
Justiça Eleitoral. Tomara que essas inovações consigam tornar a
disputa ao voto uma etapa transparante, mais igualitária, justa e
confiável por parte de todos, sobretudo aquele que realmente decide
as coisas, o eleitor.
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