Nova forma de financiar campanha eleitoral valerá nestas eleições
Os
candidatos agora terão que buscar recursos para suas campanhas junto
às pessoas físicas, aos cidadãos
Nunca
se mente tanto como antes das eleições,
durante
uma guerra e depois de uma caçada.
Otto
von Bismarck
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As eleições deste ano, mais precisamente no dia 2 de outubro, terão
uma novidade interessante quanto ao financiamento da campanha
eleitoral que foi encurtada e vai durar, no máximo, 45 dias. É que
o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que pessoas jurídicas não
podem fazer doações para os partidos financiarem suas respectivas
temporadas de caça ao voto. Da decisão dos ministros do STF decorre
que apenas as pessoas físicas, quer dizer, eu, você, aquela outra
criatura de meu Deus logo ali adiante, é que podemos ou devemos
bancar mais essa conta, de acordo com nossos próprios bolsos ou
nossas contas correntes já esfoladas por uma série de impostos
municipais estaduais e federais.
A
propósito, o ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), em entrevista recente, disse que isso aí representa
“um salto no escuro”. Afinal, por essas bandas quem sempre
financiava as campanhas eram as empresas, as pessoas jurídicas, que
foram proibidas de assim continuar a fazê-lo. Será que o cidadão
brasileiro terá vontade, disposição e dinheiro para doar para os
partidos? Será? E obedecendo a norma, a pessoa física poderá doar,
no máximo, até o limite de 10% dos rendimentos auferidos segundo a
declaração de renda apresentada pela pessoa ao Fisco, no ano
anterior. Vai ser legal ficar espiando a ginástica que as
agremiações partidárias vão fazer para cumprir essa determinação
da legislação vigente.
A
Justiça Eleitoral divulgou os limites de gastos dos candidatos na
campanha deste ano. O candidato a prefeito poderá gastar, no máximo,
R$ 1.729.169,17, enquanto que o candidato a vereador poderá
apresentar despesas, no total, de até R$ 61.177,53. Eita que vai ser
emocionante observar se as campanhas terão, digamos, uma
movimentação compatível com esse dinheiro referenciado acima.
Tomara que esta nova realidade contrarie um pouco ao menos a frase
acima do líder germânico, Otto Bismarck.
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