Sobre foguetes e campanhas eleitorais
Na temporada de caça
ao voto o povo continua distante e ressabiado com as atividades
políticas
Neste
sábado (17) tivemos uma manhã movimentada por carreatas dos
candidatos a prefeito Dr. Antônio (PR), à frente da coligação
“Juntos por Trindade”, e Jânio Darrot (PSDB), da coligação
“Trindade cada vez melhor”. Isso aqui no centro da “Capital da
Fé”, onde não percebemos atividades dos demais candidatos, o
Alexandre Compleite (DEM), e Ricardo Fortunato (PMDB), da coligação
“Amor, Trabalho e Fé”.
E a
criatura que trabalhou bastante ao longo da semana, pensava em
descansar bem, dormindo até mais tarde nessa manhã de sábado, deu
com os burros n'água. Estava impossível dormir também pelo calorão
insuportável que tem feito por essas plagas. Foi um foguetório só
por aqui e tinha até helicóptero sobrevoando a terra que viu
Constantino Xavier e Ana Rosa encontrarem o medalhão de barro com a
imagem da Santíssima Trindade coroando Nossa Senhora, o marco do que
hoje sabemos e vivemos como a Romaria do Divino Pai Eterno, lá se
vão mais de 200 anos.
Faz
tempo que fico intrigado com a “causa, motivo, razão ou
circunstância” (A benção, professor Girafales!) pela qual os
políticos daqui e do Brasil inteiro, gostam tanto de soltar foguetes
quando fazem festa estando no poder ou durante as campanhas
eleitorais na incançável busca por votos nas eleições, de dois em
dois anos. É incrível isso. A gente ouve reclamações a respeito
desse costume, porém os caras não estão nem aí e continuam
gastando dinheiro com fogos de artifício eleição sim e outra
também.
Posso
estar muito enganado, mas apesar do barulho o povo ainda continua
distante, ressabiado, com esse negócio de eleição. Ao menos nos
eventos políticos que tenho visto aqui, se a gente desconsiderar os
candidatos a vereador, vice-prefeito e prefeito, cabos eleitorais e
apoiadores em geral, falta povo. Refiro-me a uma pessoa qualquer
interessada em ouvir o candidato para conhecer suas propostas,
medir-lhe a capacidade de argumentação, tentar perceber se há ali
alguma sinceridade da parte do camarada que quer porque quer chegar
ao poder. O tal do “homem comum do povo” tornou-se avis rara
nos eventos político-eleitorais ultimamente. Os marqueteiros têm
falhado nisso de atrair gente para as atividades das campanhas a que
assistimos, convém notar. E pelo dinheirão que costumam receber,
precisam entregar melhores resultados nesse aspecto. Ou não?
Pior
de tudo é que as pessoas vão se afastando da política e
principalmente agora em que estamos já há 13 dias do final da
campanha. E justamente neste que é momento de saber o que pensam os
candidatos, conhecer-lhes as respectivas biografias, o que têm para
dizer a respeito dos problemas da comunidade e das propostas para
resolver essas questões. Temos percebido que discussão mesmo sobre
a cidade é o que menos tem acontecido. O famigerado plano de governo
é uma peça de ficção sobre a qual sabe-se “nadica de nada”. A
conversa toda fica girando somente em torno de nomes de pessoas, a
tal da fulanização, e pouco ou nada sabemos do que pretendem fazer
os camaradas que estão aí a nos pedir o voto.
Até
mesmo em reuniões pequenas nas quais poderia haver algum debate de
ideias, uma melhor exposição de propostas pelo candidato, isso não
acontece. Na prática, o cara chega, faz um discurso já ensaiado,
distribui apertos de mãos, abraços, tapas nas costas dos presentes
e dali sai “voando baixo” (Abraço, Galvão Bueno!) para outro
evento semelhante. Muitas vezes o candidato não ouve sequer a fala
de um e outro apoiador presente àquela atividade. Sei não, mas do
jeito que a coisa vai indo penso que coisa boa não virá no futuro.
O que fazer, eis a questão.
Enquanto
isso os candidatos a “Sua excelência” seguem soltando foguetes
pelas cidades deste Goiás de meu Deus. Neste caso, não voto com o
relator... E tenho dito!
Comentários
Postar um comentário
Obrigado por comentar... Vamos analisar para publicar nos comentários.