E por falar novamente de política e campanha eleitoral
A
necessidade de todos nós nos ocuparmos mais dos reais interesses
públicos é um imperativo ou deveria ser
Pe. Zezinho falando sobre política em amplo sentido.
Pensando
aqui em escrever sobre alguma coisa quando de repente, do nada, o
assunto que me veio à cabeça foi... política, campanha eleitoral.
Aneim! Como é que a gente fica tão restrito assim, em termos de
assunto? Vá lá que estamos já no apagar das luzes da disputa
municipal e como esse calorão dos infernos não dá trégua de jeito
nenhum, atrapalha o funcionamento dos dois neurônios deste
blogueiro, impedindo a descoberta e desenvolvimento de novos temas.
É, pode muito bem ser isso mesmo, o calor está de matar, “não tem como duvidar". Olha só que acabei de me lembrar daquele pagodinho
do “Só pra contrariar”.
Mas
vamos em frente, dando “continuidade ao prosseguimento”, conforme
dizia a dupla ”Vira&Mexe". Amanhã, domingo (2), será a
hora dos 78.166 eleitores trindadenses aptos a votar, segundo dados
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), comparecerem diante das urnas
para definir, pelo voto secreto, quem vai para o poder e quem deve ou
deveria permanecer na oposição. Deveria, porque os políticos
brasileiros, goianos, trindadenses no meio, evidentemente, costumam
ter posições políticas tão firmes como uma folha de bananeira ao
vento. Daí, os caras perdem as eleições, mas aderem fácil, fácil,
a quem por ventura esteja no poder. Basta, no caso, o prefeito
estalar os dedos que o camarada que o eleitor mandou para a oposição,
“aceite o convite” para trabalhar “junto”, em “parceria”,
com o detentor do poder, “pelo bem do povo”.
E
tem sido nessa batida que as coisas vão acontecendo, as eleições
são realizadas de dois em dois anos. Os caras assumem o poder sendo
eleitos com um discurso, mas administram ou fazem de conta, não sei
bem o que é pior, de um modo não raras vezes diferente, e põe
diferença nisso, daquilo que foi propagandeado durante a campanha.
Eita, que recordei-me daquele negócio, daquela frase sábia, mais ou
menos assim: “Exercer o poder é igual a tocar violino. Você pega
com a esquerda e governa com a direita”. Trem de doido, né? Mas o
povo, o eleitor, parece não se incomodar com esse tipo de coisa não.
Afinal, tem político useiro e vezeiro em se comportar assim e vem
eleição, vai eleição, o cabra está lá sendo reeleito por “sua
excelência, o eleitor”, lembrando frase do saudoso Ulysses
Guimarães.
O
que sei, melhor dizendo, tenho a ilusão ou pretensão de afirmar
isso, é que a vida não vai se acabar ou tornar-se uma espécie de
céu na terra por causa da vitória do fulano ou do sicrano para
vereador, vice-prefeito ou prefeito. Não, definitivamente. Ganhe
quem ganhar, será obrigação minha e de muitos outros, cuidarmos
das nossas vidinhas, por nossa conta e risco. A qualidade de vida
daqueles que forem eleitos sim, talvez, passe por uma significativa
melhora, tomando-se por base a tamanho do contracheque de
determinadas pessoas que serão eleitas neste domingo, isso é bem
possível diante do tamanho dos contracheques que alguns irão
receber pelos próximos quatro anos, ou seja, de 1/01/2017 a
31/12/2020. Afinal, Trindade remunera bem os vereadores (mais de R$
10 mil) e prefeito (mais de R$ 20 mil), secretários municipais
igualmente recebem bons salários (mais de R$ 10 mil), convém
salientar.
Mas
há aí um singelo detalhe carecendo da maior atenção de todos,
políticos e simplesmente eleitores. Estou falando do tal do
interesse público. Coisa mais negligenciada do que isso é difícil
de encontrarmos nos dias de hoje. Assisti ao videozinho curto do
Padre Zezinho no qual o tema é justamente este assunto, a escassa
noção de brasilidade, de preocupação com os interesses do povo. A
gente percebe a todo momento ações de pessoas defendendo
enfaticamente as posições de seu grupo, partido, religião,
categoria profissional, dentre os inúmeros atores da vida em
sociedade, mas quase ninguém se ocupando verdadeiramente dos
interesses eminentemente públicos.
Trazendo
este assunto bem aqui para o mais perto possível de nós, basta a
gente ver como é que os trabalhos dos vereadores acontecem no dia a
dia. Os excelentíssimos assumem os respectivos mandatos e ficam
loucos para integrarem a base de apoio do prefeito na Câmara
Municipal. Segundo eles é para “trabalhar em parceria” com o
prefeito e conseguir melhorias para a população. Sei. Sabemos nós
o verdadeiro nome desse jogo. Quando isso ocorre o papel de
fiscalizar e julgar as contas do chefe do poder Executivo municipal,
a principal obrigação de um vereador, é mandada para as cucuias e
daí em diante tudo que o “alcaide” encaminha para a edilidade
recebe aprovação sumária, muitas vezes. Ah, sim! Esse tipo de
comportamento acontece nos Estados e na União também, viu?
Por
essas e outras é que estou aqui a pensar o seguinte. Tomara que essa
pessoal que receberá o poder do povo, pela votação de amanhã,
exerça mesmo os respectivos mandatos em nome da população e sob os
auspícios dos reais interesses públicos. Chega de tanto carreirismo
em política; basta de tanta gente brigando por posições de poder e
se utilizando disso para enriquecimento próprio ou dos seus grupos.
E isso precisa acontecer por aqui mesmo, onde vivemos e trabalhamos,
nas cidades. A transformação para melhor de que tanto falamos para
o Brasil terá que acontecer primeiramente onde eu, você e os demais
“brasileiros e brasileiros (Eita, José Sarney!) moramos: nos
municípios.
Então, é isso aí. Vejamos o que é que seremos capazes de realizar, em se tratando de escolhas políticas, nas eleições deste domingo. Depois a gente conversa a respeito do que escolhemos para exercer o poder. Por agora, mais não digo nem me foi perguntado.
Então, é isso aí. Vejamos o que é que seremos capazes de realizar, em se tratando de escolhas políticas, nas eleições deste domingo. Depois a gente conversa a respeito do que escolhemos para exercer o poder. Por agora, mais não digo nem me foi perguntado.
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