Falando sobre as eleições para prefeito de Goiânia
Os
marketeiros políticos superestimam a importância do prefeito e
outras questões mais
“É
hoje que se escolhe o amanhã...”, como diz lá aquele jingle do
Vanderlan (PSB), candidato a prefeito de Goiânia, que no segundo
turno das eleições 2016, vai para o tudo ou nada com o outro
concorrente e favorito na disputa, conforme várias pesquisas de
intenção de voto publicadas, Iris (PMDB). Quem receber mais votos
hoje conquistará a cadeira atualmente ocupada por Paulo Garcia (PT),
e herdará uma montanha de problemas para administrar na capital
goiana no período de 2017 – 2020.
Acho
que os marketeiros superestimam a importância do prefeito, bem como
sua capacidade de efetivamente ditar os rumos do desenvolvimento da
cidade. Na minha modesta visão (ou falta dela, sei lá) tudo não
passa mesmo de marketing político visando conquistar a maioria de
votos do eleitorado e obter a vitória na peleja eleitoral. Até
porque, na sociedade há outros líderes, não necessariamente
políticos encastelados no poder, atuando e daí decorre também
crescimento econômico, avanço rumo à solução de problemas
sociais também.
Vanderlan
Na
atual caça ao voto em Goiânia estranhei a postura do Vanderlan,
empresário de sucesso, cheio da bufunfa, principalmente no segundo
turno, ao ficar repetindo não ser um político profissional e sim um
gestor. Ah, fala sério! O cara foi prefeito de Senador Canedo onde
conquistou duas vitórias, em 2004 e 2008; disputou as eleições
para governador de Goiás, em 2010 e 2014; já passou pelo PR, PMDB e
está no PSB e, no embalo da retumbante e surpreendente vitória do
neo-tucano e empresário João Dória para o comando da Prefeitura de
São Paulo ainda no primeiro turno, ficar negando a condição de
político foi algo sem sentido, no mínimo.
Vi
analista político dizendo que a aliança feita por Vanderlan com o
governador Marconi Perillo (PSDB) foi um equívoco, mas penso o
contrário. Penso que faltou deixar isso bem claro logo de cara,
apesar da tal base aliada ter entrado na disputa também com outro
concorrente, no caso, o deputado estadual Francisco Júnior (PSD). O
esforço de ficar meio que escondendo a aliança acabou não ajudando
nada e deixa na dúvida a seriedade do compromisso.
Sobre
Iris
Quanto
ao Iris, dizer mais o quê? O cara está em cartaz na política
goianiense lá se vão mais de 5 décadas e, indiscutivelmente,
grande parcela do eleitorado da capital aprova sim a atuação do
líder peemedebista, tanto como político e no papel de gestor
público. Se assim não fosse Iris não estaria aparecendo na frente
de um monte de pequisas de intenção de voto realizadas por diversos
institutos.
E
lá para bandas do PMDB goiano, confirmando o que sinalizam as
pesquisas, ou seja, Iris sendo eleito hoje, vai ser interessante é
assistir às disputas internas com vistas à candidatura ao comando
do Governo de Goiás, nas eleições de 2018. Afinal, os políticos
gostam mesmo é de disputar eleições; governar de fato dá muito
trabalho e parece ser chato toda vida. Digo isso com base da
disposição que esse pessoal entra em pelejas eleitorais. Nem bem
termina uma campanha e eles já começam a se movimentar para a
próxima.
Quando
o Iris “encerrou” a carreira política no primeiro semestre deste
ano, os peemedebistas foram atrás para demovê-lo da ideia. Não deu
tanto trabalho assim nada, vale dizer. Eis que o xadrez, caso Iris
vença, ficará complicado. Sabe-se que o deputado federal Daniel
Vilela, presidente regional do PMDB quer porque quer se candidatar a
governador de Goiás em 2018. Ronaldo Caiado (DEM), senador e
apoiador de primeira hora de Iris, igualmente “só pensa naquilo”,
a saber, transferir sua residência temporariamente para o Palácio
das Esmeraldas. E lógico, Iris na Prefeitura de Goiânia, se estiver
bem avaliado, quem duvida que ele vai querer disputar mais uma
eleição? Ah, sim! Ele reafirmou o compromisso de permanecer os 4
anos à frente da Prefeitura da capital. E daí?
Para
terminar esta notinha que acabou ficando maior do que devia, ganhe
quem ganhar as eleições deste domingo (30), Iris ou Vanderlan, os
goianienses não precisam ficar esperando por milagres emanados do
Paço, instalado no Parque Lozandes. A grana vai ser curta para todo
o setor público brasileiro em 2017, a Prefeitura de Goiânia
inclusive, e esse negócio de que, “se eleito, vou fazer e
acontecer” tem tudo para ficar só nisso mesmo, nos discursos de
campanha.
Por
agora é só isso mesmo, internautas. Como sempre digo por aqui, mais
não digo nem me foi perguntado. À noite, a gente volta a se falar
sobre estas eleições. Até lá.
Comentários
Postar um comentário
Obrigado por comentar... Vamos analisar para publicar nos comentários.