Tentativa frustrada de aumentar subsídios de políticos em Trindade

Matéria aceita em sessão nesta quarta-feira aumentaria subsídios do prefeito para R$ 30 mil e dos Vereadores para R$ 12.662,00. Felizmente, líder do prefeito divulgou a iniciativa que foi dada como um “projeto que nasceu morto”. Contribuinte agradece.




E ontem o pessoal que acompanha a política trindadense ficou em polvorosa com a divulgação, pelo vereador e líder do prefeito Jânio Darrot (PSDB) na Câmara Municipal, Ucleide de Castro, o “Ferruja” (PSDB), do projeto de lei que iria fixar novos valores dos subsídios dos agentes políticos do município, o prefeito, o vice-prefeito, secretários e vereadores. Só se falou nisso pela “Capital da Fé”, que terminou sendo uma manobra desastrada da edilidade local.

Vereador Agnelson Alves:
Projeto nasceu morto.
O presidente do Legislativo, vereador Agnelson Alves (PV), afirmou que o projeto entrou em discussão a pedido de um grupo de vereadores e o texto fixava os subsídios mensais dos agentes políticos da seguinte forma: Prefeito, R$ 30 mil; Vice-prefeito, R$ 15 mil; Secretários municipais e vereadores, R$ 12.662,00. Falamos com Agnelson Alves que nos adiantou ainda, “como presidente subimos a matéria, mas será arquivada, não será aprovada e nem mesmo entrará nas pautas das próximas sessões”, garantiu.

O tal grupo de vereadores que teve a ideia de propor a tramitação de uma medida dessas sequer agradou o prefeito da “Velha Trindade da Fé e do Amor” que divulgou nota informando que “como prefeito, em nenhum momento encaminhei à Câmara Municipal qualquer projeto que trata de reajuste salarial para dirigentes do Poder Executivo e/ou vereadores”. E disse ainda o chefe do Executivo trindadense que tomou conhecimento do assunto “com as repercussões em curso nas redes sociais”.

O prefeito Jânio Darrot concluiu a nota desautorizando completamente a ação deste grupo de vereadores, informando que “se existe projeto de lei com esse propósito em tramitação na Câmara Municipal, a iniciativa não é de minha autoria e, definitivamente, não seria por mim sancionada”. Ou seja, o grupo de vereadores talvez quis fazer média com “Sua Excelência” e acabou ficando mal na fita com a população local, queimando o filme também do Legislativo como um todo.

Vereador Ferruja.
Vereador Ferruja, que expôs a matéria em grupos sobre política no Facebook ontem mesmo, chamou a atenção para o fato de que o projeto acabou sendo aceito, porém com 5 votos contrários. Segundo o líder do prefeito na Câmara, que não conseguiu ser reeleito agora em 2 de outubro, mas tem o nome cotado para integrar o futuro secretariado municipal, ele não está “preocupado com retaliação alguma. O Jânio não tem nem conhecimento nem consentimento deste projeto. Sou o líder dele ainda e preciso defendê-lo”. A nota divulgada pela prefeito comprova isso aí, né?

O presidente do Legislativo municipal, Agnelson Alves, resumiu toda a questão assim: “É que esse projeto já nasceu morto”. Ainda bem que a coisa ficou por isso mesmo. O contribuinte trindadense certamente fica satisfeito em não gastar mais com os agentes políticos do município. No entanto, restou dessa tentativa frustrada de aumentar a despesa pública municipal, um inegável desgaste debitado na Câmara de Trindade que poderia muito bem não ter existido. Dessa forma, segundo Agnelson Alves, os subsídios permanecerão nos mesmos valores, a saber: Prefeito R$ 20.042,00; Vice-prefeito, R$ 15.000,00; Secretários e Vereadores, R$ 10.021,00. Ufa!


Comentários