Quanto custou o voto para vereador de Trindade nas eleições deste ano

Segundo números disponíveis, a vereadora eleita Aninha teve o custo por voto mais alto, R$ 41,26; Pastor Zeca, apresentou o menor custo, de apenas R$ 0,25.




Terminadas as eleições municipais, contados os votos lá no dia 2 de outubro de 2016, sabemos quais foram os candidatos a vereador eleitos, além do prefeito e vice. A nova composição da Câmara Municipal de Trindade, para 2017 – 2020 é conhecida por todos. Os futuros 17 vereadores foram escolhidos pelo eleitorado entre 282 candidatos registrados para aquele pleito. Ou seja, ninguém pode reclamar que não havia nomes disponíveis para serem votados, havia gente demais e muito a fim de representar os trindadenses no poder Legislativo da “Capital da Fé”.

Só que aquilo ali foi uma etapa importante do processo eleitoral. Conhecidos os eleitos, é preciso que esse pessoal cumpra as determinações legais em vigor e apresentem as respectivas contas à Justiça Eleitoral, conforme os prazos estabelecidos. Demos uma espiada na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o objetivo de saber como é que foram os gastos dos candidatos a vereador eleitos na disputa deste ano. Os caras tiveram até o dia 1 de novembro para fazer a entrega do papelório relacionado às contas de campanha, para a análise dos técnicos da Justiça Eleitoral.

Na página eletrônica do TSE deu para ver que os dados disponíveis devem ser, digamos, provisórios. Afinal, tem candidato eleito declarando como receita, modestíssimos R$ 200,00, caso do Pastor Zeca (PHS), eleito com 800 votos. A candidata Dona Irani (PMDB), eleita no embalo de 744 votos, declarou receitas de R$ 650,00. De outro lado, o campeão de votos, candidato Dr. Dyego (PSD), eleito a bordo de 1.492 votos, declarou receitas de R$ 34.653,20. A candidata Aninha (SD), também eleita com 933 votos, declarou receitas de R$ 38.500,00. Vale lembrar que o limite de gastos do candidato a vereador, segundo a legislação eleitoral, era de R$ 61.177,53. Pelo menos até agora, nenhum concorrente disse à Justiça Eleitoral ter tido gastos próximos ao teto de gastos legalmente estabelecido.

Trabalhando com estes números no quadro acima, que têm toda pinta de que serão atualizados, é possível verificar o custo por voto que o candidato eleito teve nas eleições deste ano para conquistar sua cadeira na Câmara Municipal de Trindade. E, para tanto, consideramos as receitas declaradas e a quantidade de votos recebidos pelo concorrente. Com isso, verificamos que o custo por voto da vereadora eleita Aninha ficou em R$ 41,26. Já o vereador eleito Marden Júnior (PP) teve um custo de R$ 29,29 por voto. Por sua vez, o vereador reeleito Dr. Dyego teve um custo por voto do tamanho de R$ 27,47.

Agora, o custo por voto ficou muito barato para alguns outros vereadores eleitos. É o caso do Pastor Zeca cujo voto custou apenas R$ 0,25. A vereadora eleita Dona Irani teve o custo por voto de modestos R$ 0,87. O segundo vereador eleito e mais votado (reeleito, melhor dizendo), Roni (PDT), do alto dos seus 1.351 votos recebidos, teve um custo por voto de R$ 2,22. Veja bem como são as coisas, a vereadora eleita Márcia do Edmilson (PTB), com 541 votos conquistados, teve um custo por voto de 5,36. O vereador eleito Weslley Cabeção (PMDB), com seus 1.244 votos obtidos, teve um custo por voto de R$ 5,00.

Os números acima sinalizam mesmo que deve estar faltando ainda acontecer a atualização dos valores relacionados às receitas e despesas de campanha dos vereadores eleitos de Trindade. Conforme calendário estabelecido pela legislação eleitoral em vigor, os candidatos eleitos e suplentes devem ser diplomados no dia 16 de dezembro. Quer dizer então que a prestação de contas desse pessoal deve estar analisada e aprovada pela Justiça Eleitoral até o dia 15 de dezembro próximo, quando teremos condições de confrontar as informações e saber quanto é que realmente custou o voto para os nobres edis eleitos na “Velha Trindade da Fé e do Amor”.


Comentários

Max Cabeça disse…
Interessante vereador(a) ser eleito sem gastar nada, será que ele nem abasteceu o próprio carro? - despesa que tem que ser declarada -, o próprio carro tem que ser feita uma doação com valor a ser declarado para a campanha, será que não contratou ninguém, não teve despesas? Mas cabe ao cartório eleitoral verificar isso, o promotor eleitoral, enquanto as leis forem burladas "na cara" dos responsáveis sempre teremos legisladores medíocres, sem formação e conhecimento da área.
Anônimo disse…
Pessoal, essa receita foi doação do candidato a prefeito. As despesas realmente gastas já foram entregues aqui no TRE e estão sendo analisadas, e não houve candidato nenhum que não gastou nada. Essas informações do blog estão incompletas.