Vereadores em Goiás aumentam os próprios vencimentos apesar da crise
Políticos
reajustando os próprios vencimentos em meio à atual crise econômica
aumenta o descrédito da população com a política
Seria
exagero dizer que há políticos demais empenhados em desmoralizar a
atividade política no Brasil, de um modo geral? Às vezes, penso que
não. Basta ver diversos exemplos em cartaz, especialmente nas
diversas Câmaras Municipais verificados em ações protagonizadas
por vereadores propondo e aprovando reajustes de subsídios para si
próprios, secretários municipais, vice-prefeitos e prefeitos, os
tais agentes políticos. É uma coisa de louco!
Todo
mundo já percebeu (à exceção de vereadores em Goiás e Trindade,
parece) que a crise financeira porque passa o setor público
brasileiro é coisa séria demais da conta. Apesar disso, a edilidade
trindadense ensaiou um forte reajuste nos contracheques para a
legislatura 2017-2020, que beneficiaria os demais agentes políticos
do município. Felizmente, o próprio líder do prefeito no
Legislativo discordou (nem vamos entrar no mérito da discordância),
denunciou a iniciativa e melou a aprovação do projeto de lei.
Agora
ficamos sabendo que, na cidade de Goiás, os nove vereadores se
empenharam bastante na derrubada do veto da prefeita ao projeto que
reajusta os subsídios dos agentes políticos da ex-capital goiana em
quase 40%, já valendo para o próximo ano, em sessão realizada na
segunda-feira (14), véspera do feriado da Proclamação da
República. Se o projeto de lei entrar em vigor, a partir do mês de
janeiro, os vereadores e secretários municipais de Goiás terão
salários aumentados dos atuais R$ 5,5 mil para 7,5 mil, ao passo que
o vice-prefeito, ao invés de ganhar os R$ 8 mil de hoje em dia,
receberá R$ 10,8 mil. A prefeita terá o salário de R$ 14 mil
elevado para quase R$ 19 mil!
Tem
político por aí que ainda não percebeu que os tempos são outros e
a população não está mais tão passiva como outrora. Se a
política ficou tão desacredita junto aos amplos segmentos da
sociedade, muito disso decorre de decisões corporativistas feito
essa dos vereadores da cidade de Goiás que priorizam os seus
interesses pessoais. E o momento, não há como negar, requer que os
líderes políticos pensem primeiramente, e acima de tudo, no
coletivo.
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