Abalado por uma ligação telefônica

Ouvindo a voz de um cantor famoso e agora na dúvida sobre a possível perda de oportunidade na vida




Moacyr Franco (Imagem: natelinha.uol.com.br)
De repente o telefone fixo toca, coisa rara de acontecer hoje em dia na minha e na casa de muitas pessoas por aí. Afinal, todo mundo está se falando mais frequentemente é por meio das tais redes sociais, com destaque para o Whats App, Twitter, Facebook e cada vez menos utilizando a ligação telefônica velha de guerra. Até porque, as tarifas das operadoras de telefonia neste Brasil de meu Deus custam caro demais da conta, enquanto a qualidade do serviço nunca foi uma "Brastemp". Opa, opa, opa! Melhor ir retomando logo o fio da meada, pois se eu não me vigiar muito bem, acabo tergiversando além do suportável para o leitor.

Onde eu estava mesmo? Ah, tá! Aqui. O cabra ouve o sonzinho do telefone quase em desuso, mas gerando gastos para a família, uma prova de irracionalidade econômica, vale dizer. Eita que é preciso ver isso urgentemente, pois o meu orçamento pessoal tem sido tão respeitado como os orçamentos dos governos brasileiros. Deus do céu, eis-me aqui novamente perdendo o foco. Misericórdia! Agora vai, agora a coisa há de andar no rumo certo.

Ato contínuo o sujeito se levanta e sai quase que em desabalada correria para atender ao chamado. Do outro lado da linha escuta mesmo o quê? A voz do ator, cantor e compositor Moacyr Franco oferecendo alguma "vantagem" para o incauto na ponta de cá. Aneim, minha gente! Que tristeza! Quanta frustração! Se ao menos o Moacyr estivesse ligando de viva voz, corpo presente, se é que me faço entender, seria legal bater um papo com o cara. Ele é fera, um dos melhores artistas brasileiros. Conversar com aquela criatura talentosíssima deveria ser interessante, imagino. No entanto, é só uma gravaçãozinha mesmo. Confesso, fiquei desapontado. 

Por essas e outras me pus a pensar o seguinte. E todos sabem, seguinte é o que segue... Será que isso funciona de verdade? Será que o elemento ouve aquilo lá e fecha o negócio proposto? Sei não, mas também sou incapaz de duvidar da eficiência de semelhante campanha ("armadilha") de marketing. Afinal, há gente para tudo nesta vida. Ouvimos no dia a dia tanta história maluca acontecendo até com criaturas, como direi, esclarecidas que, pegas no contra-pé, terminam por fazer besteiras cujos reflexos são sentidos depois nos bolsos, nas contas correntes, nas faturas dos cartões de crédito. Valei-nos, Santo Expedito!

Ah, sim! Ia me esquecendo de contar. Você não acredita que eu desliguei o telefone antes de ouvir a mensagem? Divino Pai Eterno! Acho que me precipitei. E agora estou me roendo de curiosidade. Será que perdi a oportunidade da minha vida? Terei deixado um "cavalo arreado" passar na minha frente sem montar no bicho? Ai ai ai ai ai ai. Só não caí no choro porque homem não chora. Eu e o Pablo somos assim.


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