Por falar em chicote e prática política na gestão pública municipal
O aproveitamento de gente de fora na equipe do prefeito Jânio Darrot já começa a ser alvo de críticas como aconteceu no tempo de George Morais
É, pois é... Como são as coisas. Política é
um trem esquisito demais da conta. “O chicote é sempre o mesmo, o que muda é o
batedor”, como diz a sabedoria popular. Alguém está no poder e toma determinada
decisão, recebe crítica dos opositores ou dos insatisfeitos. Daí, gira a roda
da vida, vem as eleições, o poder muda de mãos, quem estava fora vendo defeito
em tudo passa para dentro dos gabinetes e, não raras vezes, aquilo que era alvo
de críticas se torna prática normal dos novos poderosos, e vamos que vamos.
E uma volta desse tamanho apenas para lembrar que à época
do prefeito George Morais, hoje no PDT, mas naquele período comandando a
Prefeitura de Trindade a bordo do PSDB, por dois mandatos seguidos (2001 –
2008), havia muita gente contrariada porque da equipe do doutor participavam
pessoas de fora do município. Eita, que era comum se dizer que “a gente vai à
Prefeitura e não conhece mais quase ninguém lá, pois o lugar está cheio de
forasteiros”. Era assim ou não, internauta trindadense?
E não é que agora, sob a gestão do prefeito
Jânio Darrot (PSDB), ouvimos um tititi pelo mesmo motivo de ter a equipe
composta por várias pessoas, digamos, sem endereço fixo há mais tempo nos
limites territoriais de Trindade? Vale lembrar que há dois secretários
municipais trazidos pelo prefeito Jânio de outras localidades, a saber,
Gercilene Ferreira, a Branca (Saúde), oriunda da gestão de Vanderlan Cardoso,
em Senador Canedo, e Sebastião Ferreira Leite, o Juruna (Planejamento Urbano),
originário da administração de Paulo Garcia, de Goiânia.
Nos escalões mais inferiores da
Administração trindadense, claro, há também profissionais de outros lugares. Inclusive
membros do staff do secretário Juruna que assumiu uma pasta importante, capaz
de conferir visibilidade ao titular. E neste sentido, a propósito, não será
surpresa alguma se por acaso Juruna passar a ter seu nome colocado para a
sucessão do prefeito Jânio que, no estando agora no segundo mandato, é carta
fora do baralho para as eleições municipais de 2020. O secretário Juruna sabe
trabalhar bem na área em que atua há décadas, conta com assessoria própria,
comunica-se facilmente, tem jogo de cintura política... Epa! Até parece que
ouço: - “Terra chamando blogueiro...”.
Voltemos rapidamente ao ponto para
terminarmos esta notinha que foi ficando muito longa, bem maior do que o
imaginado. Seguinte, Jânio Darrot formou a equipe que quis, buscou gente de
fora do município para postos importantes, e outros nem tanto, para a
Prefeitura e tudo bem. Contudo, nesta versão Jânio Darrot 2.0 a coisa é um
tiquinho diferente, porque não há reeleição à vista e a cada dia que passa é um
dia a menos no poder. Isso conta sim na avaliação que os políticos costumam
fazer quando movimentam suas peças no tabuleiro de xadrez da política, cuja
característica é haver sempre uma campanha eleitoral no horizonte. E é neste
terreno que podem surgir os frutos da insatisfação e da crítica, ultimamente,
digamos assim, reprimidas, contidas, de aliados e até mesmo de adversários meio
ressabiados.
Comentários
Postar um comentário
Obrigado por comentar... Vamos analisar para publicar nos comentários.