E por falar da crise econômica nossa de todo dia...
Empresário
trindadense falou com este blogueiro sobre a queda no movimento do
comércio local
Comércio sente queda no movimento de clientes. |
Crise.
É, sim, vamos falar de crise econômica aqui também. Já reparou
que onde quer que se vá, não há escapatória, o sujeito acaba
falando dessa tal crise? O trem tá é feio, minha gente. No entanto,
já ouvi camarada dizendo ser melhor parar de falar que a situação
anda crítica e enfiar a cara no trabalho, que ela passa. Tenho cá
minhas dúvidas se a coisa é tão simples assim. E de mais a mais,
não é porque a criatura deixa de falar em corda na casa de
enforcado que o fatídico acontecimento termine riscado das memórias
de quem viveu aquele infortúnio, concorda ou não? Bem, andemos
então.
Estava
trocando, agorinha há pouco, dois dedos de prosa com um empresário
da “Capital da Fé”, que está há mais de duas décadas atuando
no comércio da cidade. Não citarei o nome porque não disse a ele
que estava preparando esta notinha. Fiz uma provocação ao homem de
negócios trindadense levantando a seguinte questão: realmente há
crise ou isso não passa de conversa para vender jornal e dar
audiência nos telejornais? Ouvi de volta uma breve e objetiva aula
sobre o funcionamento da economia trindadense, caríssimos. É,
internautas, quem sabe, sabe.
“Nosso
movimento desde o início deste ano caiu uns 30%, no mínimo”, foi
logo me dizendo o comerciante. “A renda das famílias por aqui está
caindo também e esse pessoal movimenta a nossa economia. É assim em
todo lugar. A construção civil está parada, pode reparar bem. E
esses trabalhadores costumam receber por dia e geralmente no fim de
semana havia mais dinheiro circulando, o que está acontecendo pouco.
No ramo de comida [bares, restaurantes, pit-dogs] é que ainda está
segurando melhor a situação, mas diminuiu muito também”,
continuou em seu diagnóstico da atividade econômica trindadense, o
meu interlocutor.
Fazendo
coro com a grande crítica à gula tributária do Estado brasileiro
que todos sabemos, preste atenção ao me disse o empresário de
Trindade. “O custo para a gente manter as portas da empresa abertas
não é pequeno, é alto demais. Tem muito imposto vencendo todo mês
e, com o faturamento caindo, as coisas ficam difíceis além da
conta. Precisa dar uma melhorada logo, pois se for continuando assim
não demora e fechar acaba sendo uma melhor opção”, concluiu a
análise da atual situação crítica da economia.
E
assim foi a conversa que contemplou outras questões, que não vêm
ao caso, gente curiosa por demais curiosa. Vale pontuar um detalhe.
Enquanto conversava com o comerciante percebi que a loja esteve muito
tranquila, com 2 ou 3 clientes, além deste que vos escreve. Ou seja,
a impressão é a de que o movimento está muito fraco mesmo. Convém
que isso mude logo, minha gente. É isso aí!
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