E por falar em reforma da Previdência
Querem
fazer a reforma sem ouvir o trabalhador, o segurado, quem paga a
conta e precisa da aposentadoria para viver lá na “melhor idade”
Segurados buscando aposentadoria enquanto ainda é possível... (Imagem: maispb.com.br) |
Já
que o pessoal está falando demais que é preciso fazer reformas
disso e daquilo no Brasil, vamos dar nosso pitaco nessa conversa. Até
mesmo porque, a gente aqui também trabalha e paga impostos.
Ocupemo-nos um tiquinho só da reforma mais comentada, a da
Previdência. Os caras do governo federal lá em Brasília dizem que
sem reformar a Previdência (eufemismo, pois na prática querem
tolher direitos dos segurados, trabalhadores) as contas da “Viúva”
vão explodir. Fica claro então que a reforma da Previdência virou
panaceia quando se trata de equilíbrio fiscal do governo federal.
Vamos
às desconfianças
Muitas
excelências que estão propondo e defendendo a reforma
previdenciária já estão aposentadas, e bem aposentadas, diga-se. E
aposentaram por tempo de contribuição, no mais das vezes. Vão
continuar recebendo o benefício, claro, mas enxergam nisso o mal a
ser extirpado da Previdência. Dizem que isso é um absurdo, no
entanto, até agora ninguém veio a público dizer que abriu ou
abrirá mão da aposentadoria em nome do equilíbrio das contas
públicas.
Vejamos
a bancada parlamentar federal de Goiás, quantos dos 17 deputados e
dos 3 senadores vão se aposentar pela regras que querem impor aos
trabalhadores comuns? E dos 27 governadores dos Estados e do Distrito
Federal, alguém ali será aposentado pelas regras novas? No meio
desse pessoal não é impossível encontrar aposentados, empresários
bem-sucedidos, profissionais liberais montados na bufunfa e tem sim
deputados bem nascidos, herdeiros de patrimônios inclusive
eleitorais, que estão, como se diz, “com o burro na sombra”.
Para quem “está em cima da carne seca” não é difícil defender
a restrição de direitos alheios de quem já tem tão pouco e paga
por isso.
Estão
falando que a idade mínima para se aposentar tem que ser 65 anos sob
risco do país quebrar de vez. Falta mostrar números para o distinto
público que paga o pato, digo, a conta. Para se aposentar no valor
integral do benefício querem que o camarada pague 49 anos seguidos.
Seria melhor mostrar números e menos falação. A gente até poderia
entender melhor, mas só falar, falar e falar ajuda pouco no
convencimento de quem anda escaldado, pois faz tempo que a gente só
faz pagar o pato nos planos
dos
vários
governos
que deram expediente no Planalto.
O
custeio da previdência, da seguridade social, como um todo, acontece
mediante as contribuições dos trabalhadores, empregadores e também
dos repasses do governo federal. E geralmente, os analistas
econômicos e autoridades financeiras no Planalto Central chamam a
isso de déficit.
Vão mexer nisso também? Afinal, se querem dificultar o trabalhador
se aposentar convém diminuir o que é cobrado todo santo mês ali no
contracheque do caboclo. Ou estão pensando, como sempre, em apenas
cortar direitos e manter o mesmo nível de descontos nos salários?
Concluindo
Não
se trata de ser contra a reforma da Previdência gratuitamente não.
Faz tempo que muito se fala a respeito mas sempre se quer fazer
mudanças radicais a toque de caixa, ouvindo apenas os sábios que no
momento estão aboletados em importantes postos de comando do poder
em Brasília. Ora,
não
é apenas o governo que deseja contar com um sistema previdenciário
saudável, forte, equilibrado. Os segurados também precisam disso.
Afinal, não é todo trabalhador que consegue fazer seu “pé de
meia” durante a labuta diária na qual a maioria vive na base do
“vendendo o almoço para comprar a janta”. Entendeu, né? A
aposentadoria é a mais importante, talvez a única, fonte de renda
para quem chega à propalada “melhor idade”. Então, convém ter
mais cuidado e respeito com os trabalhadores em geral e os segurados
e especial. É isso aí!
PIB
caiu de novo, e muito
Nos
últimos dois anos a economia brasileira passou por uma crise feroz,
com redução do Produto Interno Bruto (PIB) e aumento da inflação.
Alguém
aí
pode
até não saber desses detalhes, mas sentiu os efeitos nefastos deste
problemão.
Todo mundo neste Brasil de meu Deus, percebeu o baque nas contas
correntes e nos bolsos, vale insistir.
Os
governos federal,
estaduais e municipais,
todo o setor público, enfim,
e
de igual forma, terminaram afetados pela queda do ritmo da atividade
econômica, no período, que determinou
o encolhimento
da
receita tributária nas
várias esferas de poder neste “país tropical abençoado por Deus
e bonito por natureza”.
A
propósito, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
divulgou, hoje (terça-feira,
7),
que
o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 3,6%, no ano passado.
São dois anos de forte queda no total das riquezas (bens e serviços)
que a economia brasileira conseguiu produzir e os reflexos desse
triste fenômeno são por demais conhecidos por todos nós que
vivemos estes tempos difíceis. Mas
há uma boa notícia, é que parece que a coisa está parando de
piorar. Menos mal, porém ainda longe de estarmos bem na fita.
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