Especulando sobre candidaturas a deputado estadual em Trindade
Vários
políticos estão se movimentando no tabuleiro da política local em
busca de melhores posições para a corrida eleitoral no ano que vem
Antônio Carlos, Dária Rodrigues, George Morais, Gleysson Cabriny, Hélio Braz e Raphael Gratão: Possíveis candidatos a deputado estadual, em 2018. |
Os
bastidores políticos deram uma movimentada no final desta semana com
a divulgação de notinhas em jornais de Goiânia, especulando sobre
potenciais candidatos a deputado estadual, nas eleições de outubro
de 2018. Isso mesmo, a cobertura jornalística neste momento segue
especulando. Naquela base do “vai que cola”, alguém diz um nome
em voz alta ou escreve em papel ou nas páginas da internet, ao
distinto público. Lança a ideia, como quem não quer nada,
entendeu? Daí os caciques políticos, assessorados uns, guiados
outros, pelos marqueteiros que cobram caro pelas análises, vão
sentindo as reações do “mercado eleitoral”, a fim de perceber
quem é que realmente tem potencial de voto junto à preferência de
“Sua excelência, o eleitor”.
Já
que a roda foi inventada e este blogueiro não é nenhum detentor de
genialidade suficiente para tirar onda de uma espécie de Professor
Pardal da política goiana em geral e trindadense, em particular,
especulemos, ora pois, a respeito de uns possíveis nomes de
políticos ligados à “Capital da Fé”, com domicílio eleitoral
nessa terra onde viveram Ana Rosa e Constantino Xavier, com potencial
para se candidatar a uma das 41 vagas na Assembleia Legislativa de
Goiás, que estarão em disputa no ano que vem. Ah, sim! Além dos
nomes comentados nesta notinha existem vários outros que, num
estalar de dedos, podem resolver participar da peleja também. Vamos
nos ocupar de alguns com, digamos assim, “mais lenha para queimar”.
O
médico Antônio Carlos (PR) é deputado estadual, exercendo seu
primeiro mandato. Concorreu ao comando da Prefeitura de Trindade no
ano passado e perdeu. Deve tentar a reeleição, embora pareça pouco
entusiasmado com atuação no Parlamento. Afinal, queria mesmo era
ser prefeito da “Capital da Fé”. Não é mesmo? Aliás, disputar
eleição para deputado muitas vezes é apenas um degrau na carreira
do político interessado em cargos no poder Executivo.
Dária
Rodrigues (PP) foi deputada estadual entre 1995-1999 e chegou a
ocupar a 2ª Secretaria da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de
Goiás. À época, Dária estava no PMDB e mantinha excelente
trânsito nas altas rodas da política goiana. A desenvoltura nos
bastidores políticos continua, pois Dária acaba de assumir a
coordenação da PP Mulher em Goiás. Programa na Rádio Trindade FM
confere a Dária uma boa “visibilidade” junto ao eleitorado,
diga-se. Isso pode ajudar na temporada de caça ao voto que se
aproxima.
George
Morais (PDT) já ocupou vários cargos políticos em terras goianas.
Foi prefeito de Santa Bárbara de Goiás (1993-1997), deputado
estadual (1999-2001), prefeito de Trindade por duas vezes
(2001-2008). Um dos mais hábeis articuladores políticos da região,
George Morais estaria se movimentando para viabilizar sua candidatura
a deputado. Se entrar mesmo no páreo teremos mais um nome a ser
respeitado pelos adversários, com certeza.
Gleysson
Cabriny (PSDB) é o atual vice-prefeito de Trindade e pela segunda
vez. Já foi vereador na “Capital da Fé” (2005-2008) e
presidente da Câmara Municipal. Quem acompanha o dia a dia da
política trindadense já percebeu que o vice-prefeito tornou-se
muito participativo ultimamente. Inaugurações e eventos políticos
no município têm contado com a presença e participação de
Cabriny. Isso sinaliza que o vice-prefeito pode estar em busca de
mais espaço no tabuleiro da política local. Uma candidatura a
deputado estadual no ano que vem seria a forma de manter-se em
evidência até às eleições municipais lá em 2020. Uma derrota
para deputado, portanto, não representaria nenhum grande obstáculo
ao verdadeiro objetivo, a sucessão municipal.
Hélio
Braz (PSDB) está no seu terceiro mandato de vereador e, pela segunda
vez, encontra-se sentado na cadeira de presidente do Legislativo
Municipal. Para quem deseja disputar eleições apertadas e caras,
caso da corrida rumo à Assembleia Legislativa, estar no comando de
uma Câmara Municipal igual à de Trindade, bem estruturada, é um
trunfo e tanto. Ali o político é visto por muito mais pessoas, a
capacidade de influenciar as decisões no colegiado é maior também,
e essas coisas podem ajudar muito a qualquer candidato.
Raphael
Gratão (PDT) foi vereador de Trindade (2013-2016) e decidiu não se
candidatar à reeleição, no pleito do ano passado. Nos bastidores,
ouvimos de diferentes pessoas, que o motivo seria um acordo para
obter apoio da cúpula pedetista goiana para sua candidatura a
deputado estadual, nas eleições de outubro de 2018. Pois bem,
Raphael, ao menos a olho nu, aproximou-se muito do prefeito Jânio
Darrot (PSDB), a quem apoiou nas eleições do ano passado, em
detrimento da candidatura de Dr. Antônio, que teve o apoio do casal
George Morais e a deputada federal Flávia Morais (PDT). Todavia, em
se tratando de política, o impossível não existe. Aguardemos um
tantinho mais para ver o que significa isso mesmo.
Se
perguntarmos diretamente aos políticos referenciados acima, talvez
nenhum deles afirme disposição para se candidatar, o que é
compreensível. Admitir candidatura nessa altura do campeonato pode
render problemas com a Justiça Eleitoral e ainda por cima aquelas
tais “lideranças” podem se assanhar demais, valorizando
absurdamente os respectivos passes nos acordos políticos. Se é
verdade que “uma andorinha só não faz verão”, político
sozinho, por seu turno, não consegue fazer campanha eleitoral.
Pois é, pois é, pois é.
Cumpre
lembrar que o prefeito é sempre o chefe político enquanto tem a
caneta com a qual nomeia e exonera auxiliares, e caso decida por
apoiar A ou B, seu grupo costuma marchar em ordem unida. Daí então,
nestes momentos, vários outros concorrentes acabam decidindo por
“baixar o facho”. É o de costume, “manda quem pode, obedece
quem tem juízo”. Lá pelas bandas da oposição (existe isso em
Trindade? Na Câmara Municipal trata-se de Avis rara...) ou dos
candidatos independentes é que podem surgir concorrentes na base do
voluntarismo, porém de olho mesmo nas eleições municipais.
Antes
de terminar, vai aqui uma espécie de entre parêntesis. É
interessante dizer que chegamos a esses nomes conversando com
pessoas, melhor dizendo, apoiadores dos políticos em destaque. Os
próprios possíveis candidatos, como foi dito anteriormente,
costumam tergiversar sobre candidaturas. Isso é máximo que um
blogueiro, um jornalista, pode ou deve falar sobre onde obteve
informações. Tem sempre o sigilo das fontes, não é verdade? Há,
evidentemente, quem ache que blogueiro não é jornalista, mas, por
via das dúvidas, é sempre bom preservar quem fala conosco sobre
política, na condição de ter o nome preservado.
Agora
vamos terminar logo essa notinha que acabou ficando grande demais da
conta. É claro que existem diversas outras possibilidades de nomes
que podem entrar ou aparecer na disputa lá em outubro do ano que
vem, mas dificilmente alguém com um peso político maior, capaz de
disputar o mandato de deputado estadual com mais chances de vitória,
estará pedindo votos no próximo ano. Já que o tempo anda passando
tão rápido, logo teremos uma noção mais exata do quadro e veremos
quem realmente terá a fotografia na urna eletrônica à disposição
dos eleitores, por ventura dispostos a apertar no verde, para
confirmar. Fiquemos por aqui. Até porque, mais não direi nem me foi
perguntado.
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