Deputados estaduais trocam mandatos por Secretarias no Governo
E
a credibilidade popular em relação à atividade parlamentar só
diminui
Deputados Dr. Antônio e Talles Barreto a caminho do secretariado estadual. (Imagens: Portal da Alego) |
Jarbas
Rodrigues nos conta na coluna Giro (O Popular, de 9/4) deste
domingo, que dois deputados estaduais estão bem na fila para entrar
para o secretariado do governador Marconi Perillo (PSDB). Secretarias
extraordinárias serão criadas e a publicação em Diário Oficial
deve acontecer agorinha mesmo, segunda-feira ou terça-feira, o que
vai garantir espaço na Máquina do Estado, capaz de acomodar os
deputados Talles Barreto (PSDB) e Dr. Antônio (PR).
Talles
Barreto era suplente mas acabou efetivado no mandato porque o titular
de então, Cristovão Tormin, venceu a disputa nas eleições
municipais do ano passado ao ser eleito prefeito de Luziânia. Com
isso deu “bye bye, Assembleia!”. Agora, confirmada a nomeção de
Barreto para uma Secretaria extraordinária, Henrique César (PSDB),
Catalão, deixará a suplência para virar deputado, por um tempo.
Vale
a pena destacar que Dr. Antônio é deputado titular do mandato
conquistado nas urnas, pois 21.155 eleitores votaram nele e o
elegeram para, em tese, permanecer na Assembleia Legislativa, no
período de 2015-2018. Agora, caso Dr. Antônio também vire
secretário extraordinário, José de Lima (PDT), de Anápolis,
assumirá o mandato na Assembleia Legislativa de Goiás pelo tempo
que o titular permanecer atuando no secretariado do Governo de Goiás.
Pois
é, pois é, pois é... Isso de trabalhar como parlamentar parece não
ser bem a disposição e vontade de vários deputados. Parece que
muitas excelências querem mesmo, quando disputam eleições
proporcionais, é conquistar um mandato para contar como trunfo
poderoso e assim entrar para o poder Executivo. Ser deputado não tem
mais aquela importância toda que já teve no passado, eis a
impressão deste blogueiro.
O
camarada é eleito deputado mas disputa cargos de prefeito municipal
ou topa virar secretário de Governo numa boa. Ou seja, a atividade
parlamentar está longe de ser prioridade em casos assim. Depois a
gente vê por aí político reclamando da baixa credibilidade popular
em relação à importância do Parlamento e dos parlamentares.
Muitos políticos, ao longo de décadas, na verdade, têm trabalhado
bem nisso de diminuir a relevância da atividade parlamentar.
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