Políticos confundem o público e o privado até na hora de dar nome a logradouros
Justiça
foi acionada e mandou que Conjunto Habitacional Valéria Perillo
volte a ser Nova Morada
O Popular/Bússola, edição de 18/4/2017. |
Na
edição de terça-feira (18), o jornal O Popular, na última
página intitulada Bússola, deu a notinha que destacamos
abaixo e em azul:
Senador
Canedo
Bairro
Valéria Perillo volta a ser Nova Morada
A
Justiça goiana determinou que o Conjunto Habitacional Valéria
Perillo, em Senador Canedo, volte a se chamar Nova Morada. A
determinação é do juiz Thulio Marco Miranda, da 2ª Vara Cível e
Criminal do município. O Tribunal de Justiça de Goiás, em
posicionamento unânime, já havia declarado, ano passado, a
inconstitucionalidade da Lei Municipal nº 1.507/05, que autorizou o
nome do bairro.
Reflexão
Isso
de político no poder ficar fazendo média uns com os outros é de
lascar. Neste tipo de caso em tela na notinha acima então, é de dar
dó. Essa prática de ficar colocando nome de parentes de políticos
poderosos da vez em logradouros públicos chega a ser tacanho demais
da conta.
Não
raras vezes, perde-se a oportunidade de homenagear pessoas que
tiveram papéis fundamentais numa cidade ao escolher nomes para uma
avenida, rua, praça, prédio. É comum a escolha recair sobre o nome
de alguém que nunca viveu no lugar. Quantas ruas e avenidas Getúlio
Vargas, Castelo Branco, Juscelino Kubistcheck, por exemplo, existem
em inúmeras cidades brasileiras, em detrimento de personalidades
nativas?
O
busílis está em que não se pode dar nome de personalidade pública
viva a logradouros. Daí, as suas excelências querendo ser espertas
absurdo, resolvem brindar, digamos, o governador da hora, tomando
emprestado o nome de um familiar da autoridade para um prédio, uma
rua, avenida ou parque. A esperteza aí não passa batido facilmente,
basta ligar, como direi, o nome à pessoa...
Se
os gestores públicos, políticos, decidissem com doses mais
generosas de bom senso, esse tipo de prática jamais seria levada à
Justiça que, no final das contas, apenas manda fazer a coisa
correta, que está em lei. Tomara que avancemos mais no sentido de
que a tal da noção republicana passe a ser verdadeiramente uma
espécie de princípio orientador das autoridades detentoras da
responsabilidade de zelar bem da coisa pública. Já passou da hora
de ser assim, né não?
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KKKKKKKKKKKKKK
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