Troco fica cada vez mais escasso no comércio
Gerente
de supermercado apela para as pessoas levarem notas de menor valor e
moedas quando sair para comprar
Diva Carvalho, gerente do supermercado, e Leonardo, encarregado. |
Menino
de Deus, a coisa no comércio não anda fácil para ninguém! O
cliente anda meio ressabiado e tem comprado cada vez menos, em função
da crise, todo mundo sabe, não há como duvidar. Se não bastasse
isso, os comerciantes têm tido mais um complicador: a falta de troco
para o freguês. Como está difícil encontrar notas de menor valor
e, principalmente, moedas! O caso é sério demais da conta.
Dia
desses conversava com a Divarlena
Carvalho, a Diva, gerente da loja da Rede Store de Supermercados de
Trindade sobre o atual momento dos negócios na “Capital da Fé”,
e ela me chamou a atenção para a dificuldade que os comerciantes
têm enfrentado no dia a dia com relação à falta de moedas para
fazer troco nas inúmeras transações diárias feitas naquele
estabelecimento. O
que se repete em quase todos os pontos
comerciais daqui de todo lugar parece.
Diva
nos conta que “antes, o banco fornecia o que solicitávamos, agora
nem se preocupam em nos atender e, às vezes, nos ligam para pedir
troco também. Até parece piada, mas é a realidade”. Impossível
desacreditar da afirmação em tela, se este blogueiro reclamou aqui
por não ter conseguido comprar uma garrafa de água mineral numa
lanchonete da cidade, no sábado (22), porque o rapaz do caixa não
tinha dinheiro trocado naquele momento. O cara preferiu não vender o
produto, deixando com sede este vos escreve.
A
gerente Diva faz apelos, sempre que possível, para que “as
pessoas, quando forem fazer suas compras, que levem consigo notas de
menores valores, de 2, 5 e 10 reais, principalmente moedinhas, porque
estamos passando por um momento muito difícil e não conseguimos
trocados nem nas instituições financeiras e em lugar algum”.
Pelas dificuldades recorrentes, dá para perceber que é preciso
fazer algo mais, uma vez que apelar às pessoas não vem resolvendo o
problema da escassez de dinheiro trocado girando na economia local.
Curiosamente,
dizem por aí que o brasileiro poupa muito pouco. Há quem jure que
apenas 9% dos brasileiros fazem alguma poupança da renda que
conseguem em dado período. E o motivo dessa realidade é que para
“91% dos brasileiros que não possuem uma poupança ou investimento
aplicado, o fato de não sobrar dinheiro no fim do mês está entre
as principais razões para não poupar”. Bem, amigo internauta
cheio de dúvidas feito este blogueiro, o diagnóstico aí consegue
explicar, digamos, a vida real enxergada de dentro das agentes
financeiros. Ocorre que há uma pujante economia funcionando
informalmente que escapa à visão e ao controle das autoridades
monetárias.
Ser
fazer poupança em banco é difícil pela falta do que poupar, com
salários que acabam enquanto o mês continua, a saída encontrada
pelas famílias, muitas vezes, é esforçar-se para guardar os
trocadinhos em casa. Daí, o costume de muita gente manter cofrinhos,
aqueles porquinhos de barro, nas residências e, neles, ir
depositando moedas do jeito que dá. E quanto mais gente adere a essa
prática, menos moedas serão encontradas circulando no mercado. E aí
a porca torce o rabo, pois “não há ninguém preocupado com isto,
nem os governantes nem as instituições financeiras, e todos nós
pagamos a conta”, lamenta a gente Diva.
E
toda a vida foi assim, amigo internauta que acompanha este espaço?
Com a vivência de quem trabalha no comércio trindadense há 36 anos
e sempre naquele mesmo lugar, que já passou por 4 proprietários (Só
relembrando, no local funcionava o Supermercado Rochedo que foi
comprado pela Rede Store de Supermercados), caso da gerente Diva, a
resposta é não. Segundo Diva, “nunca houve dificuldade para se
arranjar troco como agora”.
A
situação é verdadeiramente complicada, o problema atinge o
comércio de muitas cidades. Diva revela ainda que “todas as nossas
unidades passam pela mesma dificuldade de ter dinheiro trocado para
receber as contas diariamente”. Então por isso mesmo, fica o
registro para que se você for sair por aí fazendo compras, leve
suas moedinhas e notas pequenas também. Ninguém gosta de, como
troco, receber balinhas e pirulitos nem o Código do Consumidor
autoriza tal prática. A outra opção, claro, é pagar com o
dinheiro de plástico, os cartões de crédito ou débito.
Agora,
para terminar de uma vez por todas, é tarefa custosa toda vida,
convencer as criaturas a quebrar os cofrinhos em formato de
“porquinhos” ou abrir as latinhas, retirando daqueles recipientes
o rico dinheirinho poupado a duras penas. Mas o dinheiro foi feito
para circular, vale lembrar. É isso aí!
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