Obstáculo para os romeiros nas procissões na “Capital da Fé”
Cancelas
baixadas impedem acesso à Praça Dom Antônio Gomes nas missas
campais durante a Romaria do Divino Pai Eterno
Cancela baixada na rua de acesso á Praça Dom Antônio Gomes. |
A
Procissão da Penitência é a primeira atividade dos dez dias de
celebrações religiosas, conforme a programação da Romaria do
Divino Pai Eterno, em Trindade. E já faz tempo que a coisa é assim.
Opa! Um momento. Antes, porém, há a Alvorada na qual acontece a
queima de fogos de artifícios. Feito este reparo, prossigamos então,
que o tempo urge.
A
multidão de fiéis que comparece logo cedinho a Trindade, numa
inequívoca e comovente demonstração de fé e devoção ao Pai
Eterno, percorre a distância entre a Igreja Matriz e o Santuário
Basílica, orando e acompanhando, em passo lento, o estandarte com a
imagem da Santíssima Trindade coroando Nossa Senhora. Chegando à
Basílica é celebrada missa.
Com
o passar dos dias, na Novena em preparação para o grande evento,
que é a Festa do Divino Pai Eterno, que acontece no primeiro Domingo
de julho, a quantidade de devotos na procissão aumenta demais e a
atual Basílica se torna pequena para abrigar confortavelmente aquele
povo todo. Daí então, a partir da quinta-feira, as missas passam a
ser celebradas ao ar livre, no altar, na Praça Dom Antônio Gomes.
Os
romeiros, caminhando do Santuário Velho até a Praça Dom Antônio
Gomes, cumprem um percurso de alguma coisa ao redor de 1,2
quilômetro. No meio dessa gente fervorosa sempre há idosos,
crianças, pessoas portadoras de necessidades especiais, enfim, gente
acostumada a superar dificuldades que dificilmente desiste do
objetivo: demonstrar sua fé e devoção a Deus neste evento em
Trindade.
Tem
acontecido que os gestores da Basílica, sei lá porque cargas
d’água, deixam abaixadas as cancelas que dão acesso à Praça,
atrapalhando sobremaneira os romeiros nas procissões. Fica parecendo
que o objetivo é colocar um obstáculo a mais para os fiéis que
vieram dar graças, pagar promessas ou fazer outros pedidos a Deus,
superarem nesta caminhada de fé, cujo início encontra-se lá atrás,
há quase dois séculos.
É
tudo muito estranho essa prática de se fechar a rua daquela forma.
Não deve ser assim tão complicado determinar que seguranças
levantem as cancelas para a procissão passar e, depois, tornem a
baixar aqueles obstáculos. Seria um cuidado bem-vindo, necessário,
com os devotos do Pai Eterno. Isso me fez lembrar também aquele dito
popular segundo o qual “Deus mora nos detalhes”…
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