Ouvindo Dominguinhos e pensando nos políticos brasileiros

O sujeito toma gosto por política e depois de estar lá dentro faz de tudo para lá permanecer





“Olha, isso aqui tá muito bom. Isso aqui tá bom demais. Olha, quem tá fora quer entrar, mas quem tá dentro não sai”. Se você ainda não ligou “o nome à pessoa”, melhor dizendo, as frases ao texto, vou lhe refrescar a memória. Trata-se dos primeiros versos de um dos inúmeros forrozinhos danados de bons do Dominguinhos, chamado “Isso aqui tá bom demais”. Por quê razão, causa, motivo ou circunstância estou falando de forró neste espaço, numa hora dessas, poderia perguntar o internauta de muito de vez em quando acessa este blog. Vou dizer sem rodeios.

Seguinte, estava ouvindo rádio enquanto transitava do ponto A (Trindade) para o ponto B (Goiânia), um dia desses, quando já enjoado do noticiário no qual só tem dado Temer, Lula, Operação Lava Jato, Joesley Batista e outros nem tão bem votados assim, troquei logo de estação e eis que estava no comecinho do forró do Dominguinhos. Num estalo pensei, é não que isso aí tem a ver com a política brasileira? Pois não é que é! Para muitos caras que se iniciam na política a coisa parece igual a situação do sujeito num forró animado. Depois que se entra não quer mais sair...

Bem, em se tratando de arrasta-pé, o motivo de quem tá fora querer entrar e de quem tá dentro não querer sair tem a ver com a alegria que é “ampla, geral e irrestrita” nessas ocasiões. Agora, em se tratando de política, a Operação Lava Jato nos mostrou bem o porquê dos excelentíssimos venderem as respectivas almas para o diabo com o objetivo de uma vez lá dentro, de lá jamais sair: O vil metal que passa de mão em mão, é claro. Para a surpresa de ninguém, convém dizer. Nem faltando voto popular. Pois é, pois é, pois é...


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