Câmara Municipal recebe projeto de lei de zoneamento urbano e uso do solo
Matéria
interessa muito aos pequenos construtores do municípios mas deve
merecer mais atenção dos moradores em geral
Câmara Municipal de Trindade: Plenário lotado durante sessão do dia 25. |
Começou
a tramitar na Câmara Municipal de Trindade na sessão da
segunda-feira (25), projeto de Lei de Zoneamento Urbano e Uso do
Solo. A
lei em vigor, de 2016, contraria os interesses da esmagadora maioria
dos
pequenos construtores que atuam no município e
que quase
lotaram as 200 poltronas do auditório Hilton Monteiro da Rocha,
cobrando aos
vereadores maior
celeridade na aprovação da
nova lei que diminui os limites de afastamento para construção,
sobretudo
daquelas unidades que se enquadram no projeto Minha Casa Minha Vida.
Vamos
tentar resumir
a
conversa assim:
o que se quer é ter autorização legal para construir, no mínimo,
duas casas em um lote com área de uns
250
m². E
isso com a lei vigente é inviável, pois
os limites são 5 m de recuo frontal e 2 m de recuo lateral e fundo.
Por sua vez, a proposta que iniciou a tramitação no Legislativo
trindadense dá um refresco na situação ao reduzir estas medidas
para 1,5 m de recuo lateral e fundo e 3 m frontal. Ademais,
será permitido colar os lados nas divisas, desde que não haja
aberturas.
E
a
Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh)
tornou-se
mais rigorosa na emissão de Alvarás
de Construção para os setores residenciais
mais
novos. Dessa
forma,
alguma coisa ao redor de 300 desses documentos estão sob análise do
secretário Sebastião Ferreira Leite, o Juruna, e sua equipe. A
consequência é
que
a
construção
civil na
“Capital da Fé” sentiu
este baque (um
freio de arrumação, digamos assim) e
entrou em compasso de espera. A
situação, não
podia ser diferente, preocupa
a
todos que trabalharam
nesta
atividade econômica,
conforme relatou Delermond Dias Marques, presidente da Associação
dos Construtores do Estado de Goiás (ACEG), em seu pronunciamento na
própria Câmara Municipal.
Muito
bem, ocorre que estamos tratando
aqui de
uma
das leis mais importantes do município cuja tramitação, vale
dizer, merece sim mais atenção da população como um todo, além
dos interessados mais diretos na matéria. Isso quer dizer que
deveria haver um debate mais aberto e democrático envolvendo a
comunidade, especialmente as entidades representativas da sociedade
organizada.
Claro,
resta saber se tem gente por aí a fim de discutir legislação
municipal. Dia desses (18/9),
vale
a pena lembrar (recordar
é viver ou sofrer de novo...),
a
Câmara Municipal realizou audiência pública sobre segurança e a
participação popular nos trabalhos foi muito pequena. Na ocasião
havia, se tanto, umas
30 pessoas descontados
os
assessores, funcionários municipais e
aqueles
diretamente
participantes da audiência.
Agora
convém encerrar
essa notinha que ficou comprida toda vida, mas
antes vale dizer
que apesar da realidade
sugerir a existência de
pouca gente interessada e
disposta a participar
da discussão a respeito da proposta de Lei de Zoneamento Urbano e
Uso do Solo,
seria recomendável abrir mais o debate. Se não por outro motivo
qualquer, é que os caras gostam de dizer que o Legislativo é a
“Casa do Povo”. Logo, melhor ouvir, dá voz, ao distinto público
a um só tempo votante e pagador de tributos.
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