Prefeitura de Trindade muda sentido do trânsito em rua no centro da cidade
O
motorista passa por uma rua e está tudo bem, daqui a pouco faz o
mesmo trajeto e já não pode mais. É pegadinha?
Rua Nicodemos Neri, Centro, agora sentido único. |
Que
é preciso cuidar permanentemente do trânsito em Trindade e, penso,
em qualquer outro lugar deste mundo de meu Deus, não se discute.
Agora, o jeito como isso é feito pelo poder público municipal, cabe
reparos. Afinal, somos os contribuintes que pagam os impostos,
motoristas que transitam para lá e para cá nas ruas, avenidas e
becos dessa terra onde um dia viveram Constantino Xavier e Ana Rosa,
cidadãos que merecem ter os direitos levados em conta no processo de
tomada de decisões pelos caras nos órgãos públicos, ora pois.
Que
loucura! Viajei na maionese, pois isso tudo me fez lembrar a
propósito os versos do Gonzaguinha (que Deus o tenha), na canção
“É”. Lá pelas tantas na letra da música o cabra se depara com
isso aqui… “A gente quer viver pleno direito. A gente quer viver
todo respeito. A gente quer viver uma nação. A gente quer é ser um
cidadão”. Então, nem precisa desenhar nada. Ficou tudo muito bem
explicadinho pelo poeta, que se foi novo demais dessa vida, aos 45 anos de idade, como
vítima de acidente de trânsito.
Por
essas e outras é que ficamos mal impressionados quando as
autoridades municipais de trânsito mexem, de uma hora para outra, no
sentido em que se pode trafegar pela cidade. Ontem à noite começou
a valer a proibição para o sujeito que transitava pela Rua
Nicodemos Neri, digamos, da Avenida Manoel Monteiro rumo à Alameda
Wilson Torrano. Desde a noite de quinta-feira (19) só é permitido
agora o sentido inverso. Pois é, pois é, pois é.
Como
os jovens costumam dizer, “não boa, tio” a gente não viu
comunicado a respeito de mudanças assim, com a anterioridade
conveniente. Talvez possam até ter falado sobre isso aqui e acolá,
mas a divulgação ou foi inexistente (eu acho) ou insuficiente
demais da conta (eu acredito). Nas duas hipóteses, alguém pisou no
tomate. Quero crer não ter sido eu. Mas o pessoal amarrou uma faixa
num poste e numa árvore, e afixaram placa de “Sentido proibido”
no poste da rede elétrica. Ou seja, está tudo nos trinques. Será?
Mas
vamos apressar o ritmo para terminar logo essa notinha dizendo o
seguinte. Não que este que vos escreve essas mal tecladas palavras
seja contra a mudança em si. Aquela via é estreita absurdamente, em
se considerando o movimento de hoje em dia, tem até escola
funcionando por ali, uma igreja muito frequentada também, o fluxo é
intenso ao longo dia e com carros estacionados o espaço livre para
circulação fica mais reduzido ainda.
O
problema, o motivo da criatura aqui ficar cismada com a coisa toda é
que, em momentos assim, o camarada acaba ficando com a sensação de
que está participando de uma pegadinha daquelas que os programas
televisivos de qualidade duvidosa gostam de brindar o distinto
telespectador. A gente passa num lugar e está de um jeito, daqui a
pouco volta lá e mudaram o cenário todo, num estalar de dedos. Será
que me fiz entender? Se bem que a pessoa é responsável pelo que diz
e não pelo que o outro entende. Então tá. Por não ser engenheiro
de trânsito nem vou dizer que isso está errado, mas acho que certo
também o negócio não ficou não. Fazer o quê? Já que ninguém me
perguntou nada sobre isso mesmo, fico por aqui.
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