Nova ocupação contra escola de Tempo Integral em Trindade

Faixa informa que o Colégio Divino Pai Eterno está ocupado de novo 

Faixa avisa "Ocupado" (Foto: Reprodução Whats App)


Realmente, a ação conjunta de políticos de Trindade (querendo transformar a unidade em Colégio Militar) e, depois disso, das autoridades da Secretaria de Estado da Educação e Cultura de Goiás (SEDUCE), anunciando a implantação do projeto de escola em Tempo Integral no estabelecimento público de ensino médio mais tradicional da "Capital da Fé", já para 2018, tem provocado confusão na comunidade escolar do local.

Semana passada, houve uma breve manifestação de estudantes e pais de alunos, posicionando-se contrariamente ao tal do Tempo Integral. Na ocasião, a Polícia Militar foi chamada e atuou para restabelecer, digamos, a ordem. Em consequência, os alunos estão sem aulas desde a quarta-feira (13), devido à determinação emanada do comando da SEDUCE.

Desde o início da tarde deste domingo (17), quem passa pela Avenida Francisco Paulo Ramos, na Vila Pai Eterno, em frente ao Colégio, enxerga uma faixa afixada na fachada do prédio dando conta de que aquele local está "ocupado", dizendo ainda "Não" ao Tempo Integral. Na verdade, é muito pouca gente protestando, mas o problema vai se arrastando e tornando-se uma novela, cujo final sabe-se lá como será.

Só lembrando, o Colégio vinha funcionando bem, há mais de seis décadas e "os caras" foram mexer abruptamente no negócio. O resultado prático? Se ainda não bagunçaram de vez aquela unidade de ensino, ao menos conturbaram demais da conta o andamento dos serviços justamente no momento de se encerrar o ano letivo em curso, e de se preparar para o início de um novo ciclo de estudos.

E falamos aqui de um Colégio que neste ano trabalhou com, mais ou menos, 1.350 alunos, sob os cuidados de 51 professores. Para se ter uma ideia do tamanho da mudança anunciada pela SEDUCE, caso vingue esse projeto de escola de Tempo Integral, algo como 17 professores terão que deixar o Colégio (pois têm vínculos com outras escolas), porém o número total do encolhimento do corpo docente é certamente maior do que isso. Vale destacar que o alunado baixará para, no máximo, 400 estudantes. Que confusão... Tomara que os gestores da Educação solucionem este imbróglio o mais rapidamente possível.


Comentários

É o desgoverno. Certamente não há o quê fazer para mexer onde não precisa.