Horário de Verão 2017 termina hoje
A
economia provocada pela imposição do Horário de Verão é pífia
diante das mudanças nas vidas de milhões de pessoas nas regiões
afetadas
Ilustração encontrada aqui |
E
a boa-nova deste sábado (17) é mesmo o fim do Horário Brasileiro
de Verão 2017 (que se iniciou no dia 15 de outubro passado), quando o
relógio marcar meia-noite. Com isso, teremos 60 minutos a mais para
dormirmos no domingo, sem culpa nenhuma por achar que estaremos
saindo
da cama
tarde demais
da conta.
Continuando, no
total, em 10 Estados da Federação, mais precisamente aqueles situados nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, além
do Distrito Federal, os habitantes deverão atrasar os relógios em
uma hora quando os ponteiros ou os dígitos marcarem 24h
(meia-noite).
O
governo federal lançou mão deste expediente pela primeira vez no longínquo ano de
1931 e desde então o objetivo tem sido o de se economizar alguns caraminguás
para a bolsa da Viúva sempre tão facilmente violada pelas mãos dos
espertalhões que costumam batem ponto nas cúpulas governamentais "dessa terra em que se plantando tudo dá".
Claro
que a meta estabelecida pelos gestores do setor elétrico do governo federal permanece sendo a busca da redução do consumo de energia elétrica, pelas famílias e empresas sobretudo entre
às 18h e 21h, nas três regiões. Segundo o Ministério de Minas e
Energia, o volume energético, bem como o respectivo valor monetário que se conseguiu economizar com esta determinação deverá ser
divulgado na próxima terça-feira (20).
Na
verdade, a economia que resulta da imposição deste horário de
verão é pequena demais, para não dizer pífia, considerando-se as
grandezas envolvidas. De acordo com balanço divulgado pelo Operador
Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em 2013, o Horário de Verão
poupou no Brasil coisa de R$ 405 milhões; por sua vez, em 2015, esta cifra caiu para R$ 162 milhões. No ano de 2016, o uso deste
expediente viu o produto deste esforço despencar outra vez, batendo
nos R$ 147,5 milhões. Ou seja, do ponto de vista do dinheiro
economizado, a medida dá pouco resultado.
Pior
de tudo são os males ao relógio biológico das pessoas, que demoram
a se adaptar, principalmente no início da vigência do horário. Claro que se ganha
umas horas a mais de sol no final da tarde, propiciando tempo bom
para o sujeito se exercitar um tantinho a mais à luz natural (quem
gosta, evidentemente), porém o camarada deita à noite e, ao
levantar, o faz ainda naquele breu. E nestes tempos de insegurança
total, é muito ruim depararmo-nos com crianças ainda andando pelas
ruas escuras das cidades rumo às escolas, para quem já estuda no período
matutino. Por essas e outras, na opinião deste blogueiro, o horário
de verão já tarde.
Ah, sim! Segundo programação governamental, já temos encontro marcado com este famigerado Horário de Verão: 4 de novembro de 2018, o primeiro domingo daquele mês, logo após o segundo turno das eleições (caso haja, evidentemente)!
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