Por falar em Dia do Motorista…


Condutores se comportam como se estivessem disputando medalhas no trânsito e parece achar feio dar passagem aos outros: é preciso estar na frente

Motoristas sempre apressados e que não dão passagem facilmente.



O 25 de julho tornou-se uma data que concentra diversas comemorações importantes. Afinal de contas, temos ali o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha; o Dia do Colono; Dia do Escritor; Dia de São Tiago Maior; Dia de São Cristóvão e o Dia do Motorista. Motivo para celebração não falta, ora pois.

Muito bem, por falar em Dia do Motorista, vivi ontem dois momentos no trânsito em Goiânia e Trindade que me fizeram pensar um bocadinho a respeito do nosso comportamento a bordo dos veículos de hoje em dia ou montado nas motos tão usadas onde quer que se vá pela nossa região. Sei lá, mas parece que disseram para os condutores de veículos que, nos deslocamentos pelas ruas, avenidas e rodovias, dar passagem ao outro é feio ou passível de ser multado; deve ter sido divulgado por aí que precisamos chegar na frente dos outros, mesmo colocando nós mesmos e todos os demais condutores, em alto risco.

Estava transitando em Goiânia pela Avenida T 9, ocupava então a faixa da esquerda e, chegando ao semáforo, precisava passar para a outra faixa. Antes de parar para aguardar o sinal ficar verde novamente, já estava com a seta piscando a indicar que faria a mudança. Papagaio! Quando o sinal abriu e comecei a mudar de faixa para virar à minha direita foi um buzinaço só. Os condutores daquela faixa de rolamento, não queriam dar passagem. Um absurdo! Isso é muito comum no trânsito nosso de todo dia.

Chegando na “Capital da Fé”, havia feito um compromisso no centro da cidade e pé na tábua para cumprir a palavra empenhada. Deslocando-me então pela Avenida Raimundo de Aquino até o cruzamento com a Avenida Manoel Monteiro, dei de cara com a luz vermelha. Parei. Esperei. Liguei a seta indicando que entraria na Avenida Manoel Monteiro sentido Vila São Cottolengo. O sinal abriu, acelerei já entrando na via, usando a faixa da direita, porque o destino era a Rua José Augusto de Sousa, aquela onde fica o Educandário Santa Terezinha. Assim que peguei a rua mencionada, eis que um motoqueiro passa à minha direita balançando a cabeça negativamente em reprovação. Não entendi nada. Apenas supus que o distinto colega de trânsito queria estar na frente, como que se estivéssemos numa competição.

E isso aí mesmo, tem motorista que se comporta como se estivesse disputando alguma medalha para chegar sempre na frente. Só pode ser isso. E como tantas outras pessoas já notaram, o sujeito é um anjo de candura, mas basta sentar-se ao volante de um possante qualquer que acontece uma transformação para pior. Muito esquisito isso. Valei-nos, São Cristóvão!


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