Liderança, o nome genérico dos intermediários entre o candidato e o eleitor


Será que os líderes entregam mesmo o produto que prometem, os votos aos candidatos


Ilustração: Arquivo Google



Conversava dia desses com alguém muito envolvido na atual campanha eleitoral e a pessoa me falava sobre algumas das dificuldades enfrentadas pelos candidatos nas atuais eleições deste ano, cuja votação será no dia 7 de outubro. Dentre as barreiras nessa corrida de obstáculos que se pode dizer sobre qualquer eleição, uma em especial, a dependência dos concorrentes aos cargos em disputa pelo apoio de “lideranças” nas comunidades. No termo liderança são colocados pastores, vereadores, secretários, gente como alguma influência nas respectivas comunidades, quer dizer, a coisa é muito abrangente. Afinal, é necessário ter pessoas, público, nas reuniões, carreatas, caminhadas, enfim, nos atos da campanha e cabe às “lideranças” arregimentar o pessoal para que ao menos sua excelência, o candidato, não apareça sozinho nas fotos que precisam ser postadas nas redes sociais, sem dúvida alguma o principal veículo de informação e interatividade das pessoas na atualidade. “Uma andorinha só não faz verão” nem eleição… Muito bem, ter o apoio dessa ou daquela “liderança” é algo que se consegue não apenas pela conversa, mas, sim pela arte do convencimento, daquele tipo facilmente cotado em moeda ou compromisso, promessa (não necessariamente nessa ordem) de um cargo comissionado no caso de vitória. A militância política hoje em dia está pragmática demais da conta, talvez seguindo o exemplo dos candidatos e, sobretudo, dos políticos no exercício do poder, sempre dispostos a se dar bem à custa da bolsa da viúva. Apesar de muitos duvidarem da capacidade dessas tais “lideranças” terem mesmo força para entregar a votação pretendida pelo concorrente à prerrogativa de, antes de ser xingado em plenário ouvir o tratamento respeitoso de “vossa excelência”, na temporada de caça ao voto trabalha-se com a ideia de que o eleitor segue o seu líder quando este lhe pede o voto. Ou seja, temos agora o intermediário entre o candidato e o eleitor. O pior é que tem gente “pagando” (usando o linguajar da moda) de líder por aí, mas não se candidata, portanto, vale suspeitar o motivo: não ter revelada a real dimensão de sua liderança.


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