Prefeito de Trindade e aliados dando aquele apoio a candidatos de outros municípios
Base
aliada do prefeito de Trindade escancarou portas e janelas do sétimo
colégio eleitoral de Goiás, em número de eleitores, para
candidatos de vários os lugares
Ilustração com fotos da conta Militância 45 Trindade |
Vá
lá, cada qual com o seu cada com, como diz o outro. Mas continuo
achando e isso importa pouco, muito pouco mesmo, que o prefeito de
Trindade, Jânio Darrot (PSDB), à frente de seu grupo político
instalado no comando do poder local pela força do voto popular,
desde janeiro de 2013, bem que poderia estar apoiando candidatos com
militância política aqui na “Capital da Fé”, ao invés de ter
escancarado portas e janelas do sétimo colégio eleitoral goiano,
formado por 81.150 eleitores (dados do Tribunal Superior Eleitoral),
na atual caça ao voto em favor de quase um batalhão de candidatos
trazidos de outros municípios para essa terra onde viveram Ana Rosa
e Constantino Xavier.
Pelo
que foi dito no parágrafo anterior, fiquei imaginando algumas
questões cabíveis para o atual momento. Quer dizer que a base de
sustentação política do prefeito não quis ou não conseguiu
preparar ninguém capaz de concorrer a uma das 41 vagas de deputado
estadual em disputa nas eleições de 7 de outubro que está ali
pertinho no calendário, por causa de quê mesmo? Uai, quando
chegarem as eleições municipais, em 2020, será que haverá
político com coragem e preparo (não necessariamente nessa ordem)
para disputar o comando da Prefeitura Municipal por esse mesmo grupo?
Ou será que vão buscar políticos de outras localidades para se
candidatar a prefeito e vereador aqui?
Política
é um negócio complicado toda vida, todo mundo sabe disso. Pode até
ser que isso da base de apoio do prefeito não ter candidato daqui
mesmo nesta campanha eleitoral venha a se revelar uma tacada de
mestre, capaz de enfraquecer adversários como a deputada federal
Flávia Morais (PDT), em busca de mais um mandato, e Dr. Antônio
(DEM), deputado estadual igualmente tentando conquistar mais quatro
anos no Palácio Alfredo Nasser. Duvido muito, no entanto. Comungo
com outras pessoas espalhadas por aí, a ideia de que o município
conquistará ou não maior importância na política regional à
medida que tiver quadros políticos ocupando os espaços onde as
decisões são tomadas.
Terceirizar,
digamos assim, a representação municipal na Assembleia Legislativa,
no secretariado estadual ou demais outros órgãos públicos de
atuação política, parece não ser a melhor decisão. Afinal de
contas, as pessoas têm suas relações e compromissos com a própria
terra e sua gente. Imagine o parlamentar goianiense diante da escolha
de atender às demandas dos moradores de sua cidade, de um lado, e,
de outro, dar prioridade aos interesses dos trindadenses. Não
havendo conflito, tudo bem, mas em política quando não há conflito
alguém inventa algo para colocar no lugar. Não é mesmo?
Na
minha opinião, o pessoal, não digo da oposição, avis rara
em Trindade, mas dos partidos que estão fora do poder, igualmente
deviam preparar um nome para concorrer aos mandatos, evitando
candidaturas quase que personalistas, sem grande representação da
comunidade. Afinal, na arena política o embate acontece também fora
dos limites territoriais dos palácios e centros administrativos.
Como está dito acima, isso é uma questão ponto de vista dessa
coisa toda chamada disputa política.
Retomando
o início dessa prosa toda para terminar logo, cada um pensa de um
jeito e a gente respeita, mas isso não nos impede de ver a coisa por
outra perspectiva, no caso, a de quem se encontra caminhando pela
planície. É isso aí. Mais não digo nem me foi perguntado.
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