Gerir deixa a gestão do HUGO e HUTRIN
Organização
Social que administrava os Hospitais de Urgência de Goiânia e de
Trindade pediu hoje a rescisão do contrato com o governo estadual
HUTRIN (Foto: Reprodução/Arquivo Google) |
Final
de governo é sempre tempo de problemas, todo mundo sabe disso. E o
epílogo da atual administração tucana, sob o comando de José
Eliton, está de doer. Nesta sexta-feira (26), a Gerir, Organização
Social (OS), responsável pela gestão dos Hospitais de Urgências de
Goiânia (HUGO) e Trindade (HUTRIN), formalizou, junto à Secretaria
de Estado da Saúde (SES), pedido de rescisão dos contratos.
Paula
Resende, do Portal G1, nos contou hoje que a OS justificou o pedido
de rescisão por causa de “atrasos recorrentes de pagamento e
déficits constantes, que resultam em falta de recursos
materiais e humanos para que a organização social continue
prestando o trabalho de excelência”. A reportagem mostra que o
Estado deve à OS R$ 1,8 milhão, pela gestão do HUTRIN. Há uma
dívida de R$ 33 milhões devido à administração do HUGO. A
matéria cita como fonte o Portal Transparência.
Considerado
pelo grupo político que comandou o governo goiano desde 1998, como
um “modelo de sucesso” em se tratando de gestão de hospitais
públicos, um negócio engendrado pelas administrações tucanas e de
partidos aliados, em território goiano, caminha para um desfecho
bastante diferente daquilo largamente propagandeado nos últimos
tempos.
A
SES se manifestou por meio de nota. Veja a seguir.
Nota Secretaria de Saúde
"O
Governo de Goiás informa que a Secretaria de Estado da Saúde
recebeu no final da manhã desta sexta-feira documento da Organização
Social de Saúde Gerir em que solicita a rescisão dos contratos de
gestão do Hospital Estadual de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro
Cruz (Hugo) e do Hospital Estadual de Urgências de Trindade Walda
Ferreira dos Santos (Hutrin).
O
Governo de Goiás informa que este processo será iniciado, de forma
célere, na próxima semana. Esclarece ainda que o atendimento nos
dois hospitais da rede estadual continuará normalmente, sem nenhum
prejuízo aos pacientes.
Sobre
a justificativa da OS de que solicitou rescisão dos contratos por
atrasos em repasses pelo Estado, o Governo de Goiás esclarece que
esta é uma questão pontual, devido a imprevistos no fluxo de caixa
do Tesouro Estadual provocados pelo cenário econômico adverso no
País, mas que, apesar disto, os repasses têm sido realizados para
todas as OSs que administram as 17 unidades de saúde do Estado.
Neste
ano, de janeiro a setembro, foram repassados R$ 740,6 milhões para
as OSs na área da saúde que mantêm contratos com o Estado. No
mesmo período de 2017, foram repassados R$ 718,6 milhões. Os
valores repassados até o momento são, portanto, R$ 24 milhões
superiores aos pagos no ano passado no período.
Na
próxima semana o Governo de Goiás, via Secretaria da Saúde,
apresentará um plano para a quitação de todos os repasses às OSs
até 31 de dezembro do corrente ano."
A
Prefeitura Municipal de Trindade, segundo a assessoria de
Comunicação, não se manifestará sobre o assunto porque o
“hospital é regional e gerido pelo Estado”.
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