Vereadores aprovam novos horários para bares e distribuidoras de bebidas
Quando
se quer fazer de verdade, a coisa acontece sem maiores embromações
Flagrante da sessão desta sexta-feira. (Foto: Divulgação) |
Todo
já está sabendo que a Câmara Municipal de Trindade realizou sessão
extraordinária na manhã desta quinta-feira (24), quando debateu
alterações de horários de funcionamento para os bares, botequins,
distribuidoras de bebidas e até lojas de conveniência, na “Capital
da Fé”. A Lei nº 1.855/2018, que entrou em vigor no início deste
mês, desagradou a todos. Houve pressão e a edilidade trindadense
abandonou o recesso parlamentar, trabalhou e, em tempo record,
mostrou resultado.
Depois
de horas de discussão em torno das alternativas, foi apresentado o Projeto nº 01, de 21 de janeiro de 2019, propondo que os
estabelecimentos poderão atender à distinta clientela, de domingo à
quinta-feira, das 6h às 2h. Às sextas-feiras, nos sábados e nas
vésperas de feriados, das 6h às 3h. E mais ainda. Durante a Festa
de Trindade (de 28 de junho a 7 de julho neste ano), em louvor ao
Divino Pai Eterno, a lei não valerá na semana que antecede o evento
religioso nem na semana posterior.
Os
17 vereadores votaram e aprovaram o projeto que já seguiu para o
prefeito de Trindade sancionar a matéria, o que é esperado, segundo
fontes junto à Câmara Municipal, ainda para esta sexta-feira (25).
Comentário
“A
pressa é inimiga da perfeição”, ensina a sabedoria popular. Os
vereadores e o prefeito foram muito apressados no tratamento deste
caso. Afinal, a audiência pública sobre os novos horários
aconteceu no dia 6 de novembro do ano passado; em dezembro, o projeto
já havia sido aprovado, sancionado e os efeitos da lei começaram a
valer neste mês de janeiro.
O
processo legislativo, apesar de muita gente pensar o contrário, deve
considerar os prazos legais e o tempo suficiente, sem forçação de
barra. As discussões precisam acontecer para que as várias
implicações a respeito da matéria aflorem e mereçam a atenção e
o debate necessários. Isso de normatizar o funcionamento de uma
cidade não é brincadeira nem pode ser feito como que num estalar de
dedos. Prudência e caldo de cana não fazem mal a seu ninguém.
Recorrendo
aos ditados populares, temos este à disposição: “Quem quer anda,
quem não quer manda”. Os vereadores quiseram modificar o erro que
eles ajudaram a cometer, se reuniram em pleno recesso, conversaram
bastante, ouviram representantes da comunidade, dos comerciantes e
aprovaram as mudanças na lei. Isso mostra que, havendo vontade de
fazer, muitos problemas locais podem ser solucionados sem maiores
embromações.
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