Trindade: Áreas urbanas centrais sem muros nem calçadas


Onde funcionou o Colégio Menino Jesus agora é um terreno vazio utilizado como estacionamento de ônibus e recebe um Parque de Diversões, na Festa de Trindade

Estacionamento de ônibus onde um dia funcionou uma escola estadual.


Tem coisas que a gente não entende, por exemplo, como é que os donos de terrenos muito bem localizados em Trindade, no centro da cidade mesmo, deixam suas respectivas propriedades, não raras vezes, quase que ao deus-dará. Ali na Avenida Dr. Irany Ferreira com a Rua Rocha Lima, tem uma área enorme onde o proprietário nem muros construiu no lugar. E faz tempo que é assim. Imagino que aquilo ali deve valer uma boa grana, mas o local é usado mais intensamente apenas no período da Festa de Trindade, quando é ocupado por um Parque de Diversões.

Um pouco mais acima, ainda na mesma avenida, nas cercanias da Basílica do Divino Pai Eterno, existe aquela área fabulosa, onde durante um bom tempo funcionou o Colégio Estadual Menino Jesus, hoje localizado no Jardim Primavera. Depois daquele terreno ter mudado de dono nada foi construído, ao contrário, o que existia lá foi demolido e a área passou a ser usada como estacionamento de ônibus dos turistas que visitam a “Capital da Fé”.

Naquele belíssimo espaço urbano ninguém, ao menos até agora, sequer ergueu muros delimitando a área. Afinal é pública ou privada? Ocorreu-me essa dúvida agora. E, note bem, trata-se, com toda certeza, de um dos metros quadrados mais valorizados de Trindade que permanece como um espaço aberto, usado bastante mesmo também no período da Festa de Trindade por outro Parque de Diversões. Deve ser bom demais da conta ter um patrimônio daquele tamanho e deixar pra lá…

Pior é que se o sujeito prestar um pouquinho só de atenção durante um passeio panorâmico pela região central de Trindade, verá como existem áreas bem localizadas e absolutamente vazias, sem muros nem calçadas. Muito esquisito isso. É de se imaginar que esses terrenos todos têm donos, mas é como se não tivessem, dado o pouco cuidado facilmente constatado. E isso tudo deixa a administração municipal meio que sem condições de exigir muito dos proprietários de lotes urbanos, a respeito da conservação dos mesmos. Afinal, se no centro da cidade o poder público convive bem com áreas relegadas ao desmazelo como é que vai exigir maiores cuidados dos donos de terrenos nos bairros mais distantes da região central da “Capital da Fé”, não é bem por aí? Pois é, pois é, pois é...


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