Metrobus deixará usuários de Trindade, Senador Canedo e Goianira na mão...
Reproduzimos
abaixo matéria do Portal G1/Goiás, desta quinta-feira (20),
informando ao distinto público que a Metrobus, sob o governo de
Ronaldo Caiado (DEM), decidiu parar os serviços de transporte
coletivo urbano de passageiros até as cidades de Goianira, Senador
Canedo e Trindade. O fim do funcionamento das tais linhas extendidas
ainda não foi comunicado. Jânio Darrot (PSDB), prefeito da "Capital
da Fé" e presidente da Câmara Deliberativa de Transportes
Coletivos (CDTC), divulgou nota criticando a decisão da diretoria da
Metrobus, mas o efeito prático disso para o consumidor é zero. Como
sempre o usuário do serviço continuará sendo chamado apenas para
pagar a conta. Só isso! Veja a matéria do G1 e a nota da CDTC a
seguir.
Metrobus decide tirar Senador Canedo, Goianira e Trindade da rota do Eixão
A linha, que corta a Região Metropolitana de norte a sul, deve fazer uma transição para não prejudicar os usuários do transporte coletivo.
Por
Cleiber
Di Ribeiro e Vanessa Martins,
TV Anhanguera e G1 GO
Eixo Anhanguera, ônibus da Metrobus. (Foto: Paula Resende/G1) |
A
Metrobus, responsável por operar o Eixo Anhanguera, que corta a
Região Metropolitana de Goiânia de norte a sul, decidiu parar de atender as cidades de Goianira, Senador Canedo e Trindade. A empresa disse que informa à Companhia Metropolitana do Transporte Coletivo (CMTC) a respeito e que essa mudança será gradual e "não trará nenhum prejuízo à população".
A
comunicação foi feita no último dia 30 de maio. A CMTC disse, por
meio de nota, que "entendeu que este assunto não é da sua
competência", mas que, a partir de terça-feira (18), a
Metrobus começou a se reunir com as empresas que devem assumir o
serviço nas três cidades e, em cerca de 15 dias, deve apresentar à
CMTC "um cronograma para o retorno às operações originais".
Conforme
a empresa, cerca de 200 mil pessoas usam o Eixo nessas três cidades.
Os
ônibus passaram a atender essa região em 2014. Até
Trindade, o trajeto é feito pela GO-060. Os ônibus saem do Padre
Pelágio e vão até o terminal da cidade.
Para
Goianira, o percurso é feito pela GO-070 até a rodoviária
municipal. Já o atendimento a Senador Canedo sai do Terminal do Novo
Mundo e vai até o terminal do município, passando pela GO-403.
A
companhia disse que os passageiros continuarão a pagar o mesmo valor
na passagem e que o serviço não vai deixar de existir, mas deve
passar a ser feito por outras empresas.
Com
a mudança, o Eixão passará a transitar entre os pontos Novo Mundo
e Padre Pelágio.
De
acordo com a Metrobus, a empresa precisou tomar essa decisão porque,
em 2014, quando passou a atender essas cidades da Região
Metropolitana, a linha “passou de 13,8 km para mais de 70 km”,
portanto aumentaram “as despesas, especialmente com pessoal,
combustível, peças e pneus”.
A
companhia promete ainda que, deixando de atender Senador Canedo,
Trindade e Goianira, conseguirá oferecer mais ônibus no trecho
“original”, passando em intervalos de dois minutos ou menos nos
horários de pico.
Nota
do prefeito de Trindade e presidente da Câmara Deliberativa do
Transporte Coletivo (CTDC), Jânio Darrot
Sobre
notícia veiculada, nesta quinta-feira (20/6), no jornal O Popular,
segundo a qual a Metrobus planeja suspender operações na região
Metropolitana da capital, temos a informar que não permitiremos que
sejam prejudicados os usuários do transporte coletivo que utilizam a
extensão do Eixo Anhanguera para se deslocar no trecho que engloba
os municípios de Goiânia, Trindade, Goianira e Senador Canedo.
Não
creio que o governador Ronaldo Caiado concorde com a tese absurda do
presidente da Metrobus, Paulo César Reis, segundo a qual parte do
déficit da empresa é culpa das extensões do Eixo Anhanguera. O fim
deste benefício afetará, diretamente, a vida de milhares de
trabalhadores que dependem do sistema.
Como
prefeito de Trindade, um dos municípios mais prejudicados com a
decisão da Metrobus, e como presidente da Câmara Deliberativa de
Transportes Coletivos (CDTC), sugiro que seja feito um estudo
técnico-financeiro pela Metrobus que aponte alternativas que não
prejudiquem os usuários.
No
mais, reitero a sugestão de um modelo de tributo adotado nas maiores
cidades do mundo, onde os motoristas dos chamados transportes
individuais pagam tributos que viabilizam subsídio para os
transportes coletivos.
Jânio
Darrot
Prefeito
de Trindade e presidente da Câmara Deliberativa de Transportes
Coletivos (CDTC)
Conclusão
Os
usuários do transporte coletivo urbano aqui no Aglomerado Urbano de
Goiânia, os trindadenses inclusive, vão continuar sendo os grandes
prejudicados e são eles sim que rião pagar o pato, como sempre. Os
gestores do sistema, há tempos, ofertam um serviço de qualidade
duvidosa a um preço caro, mas têm poder suficiente para manter essa
situação “imexível”, lembrando do Antônio Rogério Magri,
ex-sindicalista e ministro do Trabalho, sob Fernando Collor.
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