Mais um dia de manifestações pelo Brasil adentro
Na
“Capital da Fé” houve alguma paralisação em unidades da rede
municipal de ensino e a Regional do Sintego ficou na bronca com o
secretário de Educação e Cultura de Trindade
A
terça-feira (13) foi dia de manifestações contra cortes nas
dotações orçamentárias destinadas à Educação, promovidos pelo
governo federal. Teve gente nas ruas em diversas cidades brasileiras,
estudantes protestaram e trabalhadores também contra a reforma da
Previdência, cuja emenda já foi aprovada na Câmara dos Deputados e
está agora no Senado Federal onde deverá passar fácil, sem grandes
percalços. O clima é francamente favorável às propostas que
retiram direitos sociais e trabalhistas em nome de uma suposta
retomada do crescimento econômico. Em Goiânia manifestantes
caminharam da Praça Universitária até a Praça do Bandeirante, um
percurso de, mais ou menos, 2,5 Km, seguindo a pauta contrária aos
cortes na Educação e a aprovação da reforma previdenciária pelo
Congresso Nacional. Na “Capital da Fé”, houve alguma paralisação
em 10 das 23 escolas municipais e em cinco dos 16 Centros Municipais
de Educação Infantil (CMEI), segundo informações da Secretaria
Municipal de Educação e Cultura, com um efetivo total de 1,2 mil
servidores, entre efetivos, comissionados e estagiários.
Moção
de repúdio
A
diretoria Regional Trindade/Anicuns do Sindicato dos Trabalhadores em
Educação no Estado de Goiás (SINTEGO) divulgou nota com
“moção de repúdio” à mensagem de Alexandre César Batista
Freire, secretário Municipal de Educação e Cultura de Trindade,
que assumiu a pasta no início deste mês, via WhatsApp, que
transcrevemos a seguir e em azul o inteiro teor do áudio do
secretário aos diretores das unidades do ensino municipal
conclamando a todos para evitar paralisação das atividades, a fim
de “não penalizar as nossas crianças”, sugerindo movimentação
em “um dia de domingo”:
Senhores
diretores e diretoras das nossas unidades da rede municipal de
ensino. Aqui Alexandre César. Uma boa noite a todos. Eu hoje estou
transmitindo este áudio, pedindo a cada um de vocês que não
paralisem as escolas e os nossos CEMEI. As discussões nacionais em
torno da Previdência não podem penalizar as crianças, muito menos
os pais, as mães que trabalham, as nossas famílias. Todo movimento,
seja ideológico ou político-partidário tem o nosso respeito, desde
que seja feito, por exemplo, num dia de domingo, e jamais num dia
letivo quando muitas crianças são recebidas por nós, seja no
CEMEI, seja nas nossas escolas do ensino fundamental da primeira
fase. Se quiserem parar faculdades, instituições públicas federais
de adultos, aí a discussão ela é mais democrática, mas as nossas
crianças não podem ser penalizadas. Nós temos aqui um regime de
previdência próprio que, por sinal, está agora capitalizada a
nossa previdência. Nós pagamos, Trindade paga o piso salarial aos
professores. Então, por favor, comentem em redes sociais, nos grupos
aí de WhatsApp das escolas, professores coordenadores, diretores,
vamos receber as nossas crianças no dia de amanhã. Assim espero,
conto com cada um, com a ajuda de todos vocês para que as nossas
crianças, repito, não sejam penalizadas com a perda de um dia
letivo que é muito importante para todos nós, para toda comunidade
escolar, pra nossa cidade de Trindade. O meu muito obrigado pela
paciência e pela compreensão de cada um de vocês. Vamos ao
trabalho. Nada resiste à força do trabalho. E que as nossas
crianças continuem sendo cada vez mais bem-educadas pela nossa rede
municipal de ensino. Um grande abraço a todos. Alexandre César,
secretário de Educação e Cultura do município de Trindade.
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