ATENÇÃO: Como proteger meu pet do calor?
Sob
calor excessivo que tem feito nos últimos meses, vale a pena ficar
atento às dicas de especialista para manter seu pet bem protegido
Dar muita água para o pet é importante neste calorão. (Foto: Pixabay) |
O
verão está chegando e algumas cidades brasileiras já registram
temperaturas acima dos 28 graus. Esse calor excessivo não causa
danos apenas ao ser humano, mas também aos animais de estimação.
Aliás, os animais sofrem ainda mais do que nós, humanos. Além da
pelagem, eles não possuem as importantes glândulas sudoríparas
pelo corpo, ou seja, os pets eliminam calor apenas por entre os
dedos, boca e nariz. “Todo o cuidado é pouco no verão”, alerta
a veterinária Luana Sartori, especialista da Nutrire. “Quadros
graves de desidratação, queimaduras e problemas no coração são
apenas alguns dos transtornos que o calor provoca nos animais”,
diz.
Confira
as dicas da especialista para manter seu pet protegido:
Água,
muita água fresca!
Uma
das coisas mais importantes na vida de um animal é a ingestão de
água, mais ainda nos climas quentes. “A desidratação é o
problema mais comum no verão, mas que poderia facilmente ser evitada
se o pet bebesse a quantidade certa de líquidos diariamente”,
revela.
A
quantidade ideal de água que o pet deve beber por dia fica entre 80
e 100 ml por quilo de peso. Felinos costumam beber menos, o que exige
ainda mais atenção, visto que desenvolvem problemas nos rins com a
deficiência de líquidos no organismo. A água pode ser filtrada ou
corrente, mas precisa ser limpa, fresca e, claro, potável.
“Uma
dica para incentivar os pets a beberem mais água, especialmente os
gatinhos, é distribuir mais de um recipiente pela casa. Os felinos,
por exemplo, ingerem mais líquidos se mais de uma opção de potinho
for oferecido", acrescenta Luana. Além disso, pedras de gelo
podem ser colocados junto da água, pois alguns animais (não são
todos) preferem bebê-la mais gelada nesses dias de calor.
Desidratação
é grave!
A
desidratação é mais frequente entre raças de focinho curto, como
bulldog, pug e boxer, mas podem ocorrer em qualquer animal. “Leve
uma garrafinha com água toda vez que sair para passear com seu
animalzinho, ofereça aos poucos durante a caminhada. E, claro, fique
atento aos sinais de desidratação: gengiva e língua secas, olhos
saltados, diarreia, respiração ofegante, batimentos cardíacos
alterados e falta de elasticidade na pele. Ah, e se o pet não quiser
sair, não insista”, explica Luana. Ao sinal de qualquer um desses
sintomas leve o cão ou gato ao veterinário imediatamente.
Não
esqueça: redobre a quantidade de água oferecida aos animais nesses
períodos. Além disso, evite passeios nos horários mais quentes,
opte sempre pelos finais de tarde. Nunca deixe seu cão ou gatinho
preso num ambiente quente, sem nenhuma ventilação. “Não
precisamos nem falar dos perigos dos carros fechados para os animais,
não é? Deixar o bichinho sozinho dentro de um automóvel é cruel e
extremamente prejudicial à saúde dele”, alerta a especialista.
Pulgas
e carrapatos
Não
tem jeito, esses parasitas são mesmo insistentes nos períodos
quentes. “Se no frio eles já incomodam, imagine com a temperatura
ideal para que se desenvolvam? Os tutores devem se empenhar ainda
mais no calor para que não haja infestação, ou seja, utilizar
rigorosamente os medicamentos recomendados pelo veterinário ainda é
a melhor forma de combater as pulgas”, conta Luana.
Carrapatos
exigem um pouco mais, já que são ainda mais difíceis de
exterminar. “Além do remédio indicado pelo especialista, também
é recomendada avaliação minuciosa do quadro em que se encontra o
pet, visto que as doenças ocasionadas por esses parasitas podem ser
letais. Hemogramas e outros exames podem dizer se há algum problema
e que tipo de tratamento é o mais indicado”, alerta.
Queimaduras
acontecem, sim!
Muitas
pessoas não acreditam que os pets queimam as patinhas se expostos às
caminhadas em horários inadequados. “Eles sofrem queimaduras
graves e extremamente dolorosas nas “almofadinhas” dos pés. As
lesões podem ser evitadas se o animal passear somente nas primeiras
horas da manhã ou no final do dia”, aconselha.
Além
disso, cães e gatos com pelagem branca podem sofrer queimaduras nas
orelhas, pálpebras e focinho. É muito comum que os felinos brancos
tenham câncer por causa do sol em excesso. “A vermelhidão da pele
é um dos primeiros sintomas de que o gatinho está sofrendo com
queimaduras. A pele fica vermelha, os pelos caem e eles coçam até
ocasionar feridas graves e de difícil tratamento”, explica.
Luana
alerta ainda que estão enganados os tutores que pensam que os gatos
sabem o tempo certo que podem ficar ao sol. “Eles não fazem ideia
de que estão se queimando, a responsabilidade é exclusiva do dono
do animal”, acrescenta. Luana indica o uso de protetor solar nesses
casos. “15 ou 30 FPS já protegem o bichinho, mas quem deve indicar
o tipo de produto a ser utilizado é o veterinário”, conta.
Se
a preocupação com os pets já era grande no frio do inverno, agora
precisa ser ainda maior. Lembre-se que ter um animal requer mais do
que amor e criatividades nas brincadeiras, mas cuidados com sua saúde
também. “É como ter um filho pequeno para sempre, vai exigir
proteção e responsabilidade. Mas, quem ama seu bichinho sabe que
cuidar faz parte e vê-lo saudável é a melhor coisa do mundo”,
conclui Luana.
por Ju Farias, jornalista
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