A engenharia caminha com a história da humanidade
Que
os novos engenheiros nos tragam soluções viáveis para que a
profissão continue caminhando de mãos dadas com a história da
humanidade.
Adriana Tozzi: Engenharia caminha com a história. (Foto: Divulgação) |
Em
onze de dezembro comemora-se o Dia do Engenheiro, profissão
regulamentada no Brasil nesta data, em 1933, mas que existe desde que
o Australopithecus africanus desceu
das árvores e se deparou com dois problemas que mudariam
completamente a história da humanidade, há mais de dois milhões de
anos atrás.
O
primeiro deles era de ordem vital, no caso, a alimentação; e o
segundo de ordem social, relacionado com a defesa do território.
Essas talvez tenham sido as primeiras necessidades que motivaram a
espécie a usar a criatividade para a manufatura, criando artefatos
para solucionar seus problemas.
A
partir de então, evoluímos. Surgiram comunidades, sociedades,
grandes cidades e, com elas, problemas de ordem biológica, social e
econômica delineando aos poucos o pensamento científico. Muitas
mudanças envolvendo a física e astronomia surgiram da vontade de
entender como o mundo funcionava e, assim, construímos uma visão
moderna de tempo e espaço, até chegarmos na quarta revolução
industrial, que traz para o cenário mundial, novas preocupações
com relação a nossa sobrevivência.
As
novas diretrizes curriculares nacionais de engenharia, publicadas no
primeiro semestre de 2019, trazem no seu corpo as expectativas de
toda uma comunidade científica em formar agentes capazes de inovar e
criar a partir de uma visão global. Um profissional que capte
imagens e transforme-as em dados, que produza energia renovável, que
faça bom uso do solo, que não contamine lençóis freáticos e que
possibilite, de forma geral, que qualquer ser vivo utilize qualquer
infraestrutura de forma segura.
A
revolução, independente de época, é sempre humana, e já passou
do tempo em que o desenvolvimento precisa ser encarado de forma menos
mecanicista e mais sustentável. É com essa visão que, nos próximos
anos, espera-se formar vários profissionais, ávidos por mudança,
com acesso ao conhecimento e conscientes de que precisaremos de ar
puro, água potável e solos férteis, e que incorporem nos processos
todo o lixo que foi produzido por nós até aqui.
Tudo
isso com uma tecnologia ainda não mensurável à disposição e com
possibilidades inimagináveis. Mantenho a esperança de que os novos
engenheiros, agora mais arrojados, nos tragam, em breve, soluções
viáveis para que a profissão continue caminhando, como sempre
caminhou, de mãos dadas com a história da humanidade.
Adriana
Tozzi
é coordenadora do curso de Engenharia Civil a distância do Centro
Universitário Internacional Uninter.
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