Câmara Municipal afasta vereador Agneuson Alves
“Eu
não ia voltar não, agora eu vou voltar”, afirmou o vereador
Agneuson Alves
Câmara afasta ver. Agneuson Alves que garante: "Eu vou voltar". (Foto: Reprodução) |
Na
sessão da Câmara Municipal de Trindade, realizada nesta
segunda-feira (30), pela manhã, foi recebida denúncia assinada pelo
advogado Carlos Alberto Braga da Silva Vaz contra o vereador Agneuson
Alves (PV), que teria firmado convênio com a Prefeitura de Trindade,
no valor de R$ 674.170,43, em 01/04/2019, em favor do Trindade
Atlético Clube (Tacão), cujo presidente é o próprio vereador,
que, diga-se, pediu licença do mandato em julho deste ano.
A
denúncia foi levada ao plenário que rapidamente votou pelo
afastamento de Agneuson Alves e a instauração de Comissão
Processante. Jeann Carlos (PRTB), presidente do Legislativo, na
sequência, realizou sorteio entre os vereadores para definir a
composição da comissão que ficou assim constituída: Pastor Zeca
(Podemos), presidente; Aninha Carvalho (SD), relatora; e João Piqui
(PTB), membro. Tramitação veloz como a dessa denúncia é algo
difícil de se notar nos legislativos deste Brasil, diga-se de
passagem.
Conversamos
com o vereador licenciado Agneuson Alves, logo após o término da
sessão no Legislativo trindadense, a respeito da aprovação do seu
afastamento e da criação de comissão para investigar os fatos
narrados na denúncia. “Na verdade, eu me afastei em julho e o
convênio foi assinado em 5 de agosto”, explicou Agneuson Alves que
foi presidente da Câmara Municipal entre 2015-16.
Perguntamos,
em seguida, se o vereador pretende ingressar na Justiça com pedido
de mandado de segurança para lhe garantir o exercício do mandato e
a resposta foi positiva, com crítica à decisão tomada pelo
Legislativo. “A Câmara não tem esse poder sem a Justiça
determinar. Isso aí eles estão burlando a situação de cassação.
Não afasta vereador. A Câmara não tem esse poder dessa forma não,
sem embasamento judicial. Mas agora, eu não ia voltar não, agora eu
vou voltar”, informou Agneuson Alves.
Antes
do encerramento da sessão, Jean Carlos entregou os documentos da
denúncia ao vereador Pastor Zeca, presidente da Comissão
Processante, que deverá iniciar os trabalhos propriamente ditos a
partir do dia 6 de janeiro próximo.
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