Hutrin trabalha com vagas ociosas em cirurgias de laqueaduras


Podendo realizar 80 laqueaduras mensalmente, a unidade hospital fez apenas 32 cirurgias nessa modalidade no mês passado. Não seria o caso de se redesenhar o mix de serviços ofertados?

Hutrin: Muitas vagas de cirurgias de laqueadura. (Foto: Divulgação/IMED)


Os novos gestores do Hospital Estadual de Urgências de Trindade Walda Ferreira dos Santos (Hutrin) anunciaram, dia desses, que a unidade tem ficado com vagas ociosas quando o assunto é cirurgia de laqueadura, procedimento também chamado de ligadura de trompas ou ligadura tubária que se trata de um “procedimento médico de esterilização para mulheres que têm certeza de que não desejam uma gravidez futura”.

O Hutrin tem capacidade de realizar mensalmente 80 cirurgias de laqueadura, mas, no mês de novembro deste ano, fez apenas 32 cirurgias. Os gestores da unidade hospitalar atribuem a baixa quantidade de procedimentos realizados à “falta de encaminhamento, via regulação, dos municípios”. Vale lembrar que o Hutrin hoje trabalha para atender a todos os casos devidamente encaminhados por todos os municípios goianos.

Conforme estabelece o novo contrato de gestão celebrado entre o Governo de Goiás a Organização Social que assumiu a administração do Hutrin, existe um número de “cirurgias eletivas encaminhadas pela regulação estadual” a ser cumprido. Além disso, os casos de atendimentos cirúrgicos de urgência e emergência não devem ser recusados, lembrando que as modalidades de cirurgia geral, ginecológica e ortopédica figuram na lista de cirurgias eletivas do Hutrin que, a propósito, faz atendimentos de urgência e emergência, obstetrícia (partos) e consultas ambulatoriais (com hora marcada).

Voltando ao início da conversa, será que realmente há demanda para essas 80 cirurgias de laqueaduras ofertadas mensalmente pelo Hutrin? E com relação aos procedimentos cirúrgicos em ginecologia e obstetrícia, também em ortopedia, são suficientes diante da demanda atual? Não seria o caso de se mexer no mix de serviços oferecidos aos usuários dessa unidade hospital na “Capital da Fé”? Gostaria de ter feito essas perguntas ao diretor do Hutrin, mas a assessoria de imprensa disparou o release e não deu mais atenção à nossa mensagem. Vida que segue e a dúvida permanece. É isso aí!


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