Faça-se a música!
Mas
afinal, qual é o perfil do compositor, existem parâmetros que o
defina?
Professora Florinda Cerdeira Pimentel. (Foto: Divulgação) |
Benditas
são as mentes criadoras que combinam sons e silêncio e os
transformam em música.
Mas
o que inspira a mente de um compositor?
A
resposta vem das mais diversas origens. As mulheres inspiravam e
continuam inspirando os compositores em suas criações: basta
lembrar que temos a Amélia, a Luísa, a Isabela, a Gabriela, a
garota misteriosa de Ipanema e tantas outras musas inspiradoras, sem
deixar de citar a Ana Júlia e aquela, cujo nome é Jennifer.
Alguns
buscam sua motivação na política, protestam contra injustiças,
contra a corrupção, contra a vida dura da população. Outros,
simplesmente deixam a mente fluir e o que sair, saiu.
Muitos
falam de amor, cantam o amor, tocam o amor e quanta beleza existe
quando se traduz o amor em música!
A
música nem sempre necessita de palavras, a própria combinação de
sons e silêncio é capaz de impactar o ouvinte. Pode-se fazer a
experiência de colocar um fone de ouvido e se deixar levar por uma
música instrumental, um jazz ou uma música clássica e realizar uma
viagem incrível que pode variar dependendo do estado de espírito do
ouvinte. Quem promove essa experiência sensorial é o compositor,
que com muita sensibilidade, converte símbolos musicais em melodias,
ritmos e harmonias, dando vida a histórias das mais variadas
situações.
Em
15 de janeiro, comemora-se o seu dia. Mas afinal, qual é o perfil do
compositor, existem parâmetros que o defina? Sabemos que existe a
profissão do compositor, o músico que estuda toda a fundamentação
teórica que envolve a produção de uma obra musical. Mas e quem não
tem conhecimento teórico, não sabe ler uma partitura, porém compõe
músicas mesmo assim, pode ser considerado um compositor?
Por
que não?
Pensem
em quantas mães e avós criam cantigas para embalar suas crianças,
quantas pessoas criavam e ainda criam músicas para se inspirar
durante o trabalho, quantos professores compõem canções, paródias,
melodias para facilitar o entendimento de seus alunos em seu
aprendizado.
E
os bebês quando se comunicam através de seus balbucios melodiosos
não são compositores de sua própria linguagem? Segundo a atriz e
diretora americana Phylicia Rashad, “antes de uma criança começar
a falar, ela canta”. Considerando essa reflexão, pode-se dizer que
o desejo de compor faz parte da expressão humana desde a mais tenra
idade.
Existem
músicas para tudo, tudo mesmo! E nem toda música foi criada por um
profissional. Sendo assim pode-se afirmar que todos somos
compositores, desde que surja uma ideia, uma necessidade, um pretexto
qualquer que desperte o fazer musical.
Florinda
Cerdeira Pimentel é professora mestre no curso de
Licenciatura em Música do Centro Universitário Internacional
Uninter.
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