Álcool em Gel some das prateleiras e preço dispara

Trindadenses reclamam do preço salgado do álcool em gel quando encontram o produto que está difícil ser adquirido na cidade


Foto meramente ilustrativa.


E o álcool em gel a 70%, justamente aquele que os especialistas indicam como produto capaz de fazer uma higienização eficiente em tempos de novo Coronavírus circulando pelo mundo inteiro, sumiu das gôndolas das farmácias e supermercados de Trindade, nos últimos dias. Claro, houve inegável elevação da demanda como reação ao noticiário sobre a propagação da COVID-19 em Goiás, que já registra, até o momento, 9 casos positivos da doença, sendo 5 em Goiânia, 2 em Anápolis e 2 em Rio Verde.

Numa grande e tradicional farmácia de Trindade, com duas unidades na região central, perguntamos como é que se encontra o estoque de álcool em gel por aí e a resposta do atendente foi uma palavrinha apenas, “Nadinha”. O atencioso balconista, experiente no ramo, completou que o produto “está em falta” e que “talvez na sexta-feira” o estabelecimento volte a contar com este cobiçado item para vender e atender à clientela.

Continuando a busca por informações sobre o álcool em gel na “Capital da Fé”, fiz contato com o farmacêutico Diogo Valesi que informou estar sem o produto no momento. “Nós não temos estoque do produto e sem previsão de chegada”, revelou o responsável por uma rede de drogarias em Trindade. E assim entramos num momento muito delicado no comércio deste item em especial. Diogo Valesi afirmou que “realmente estamos num cenário muito desafiador, um cenário em que todo mundo está muito preocupado”.

O aumento da demanda apareceu forte demais e num prazo muito curto de tempo e inclusive gente de outras cidades fazem contato em busca do produto. “O pessoal tem procurado desenfreadamente, inclusive pessoas de Goiânia, de todo lugar, e não está tendo álcool em gel no Estado”, pondera Diogo Valesi. E isso, aumento da demanda e a oferta não acompanhando a movimentação, faz subir os preços, ensinam os manuais de economia. “Começamos a comprar o álcool em gel há duas semanas, com um valor. Compramos a última remessa, há três dias, e deu mais de três vezes o valor de há duas semanas. E, hoje, mesmo com esse valor mais alto, se eu quiser comprar, não tem no mercado”, comenta o farmacêutico.

Neste contexto, o consumidor final reclama e com toda a razão do mundo, pois, se o preço aumenta para as farmácias, claro que ali na ponta do caixa o cliente vai ter que pagar bem mais pelo produto. “Entendo a chateação do consumidor e concordo. Realmente é desnecessário esse aumento abrupto que está tendo, mas está havendo sim”, garantiu Diogo Valesi.

Fica a dica
Diogo Valesi, sabendo das dificuldades atuais para se conseguir o tão procurado álcool em gel pelos trindadenses e não apenas eles, nos deu uma dica. “Na falta do álcool em gel, pode-se usar o álcool a 70% líquido, que ele vai sair por um valor mais barato, não está com uma procura tão alta e vai ter o mesmo resultado”.


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