Padre Robson de Oliveira tem direitos de ordens suspensos
Arquidiocese de Goiânia e Congregação dos Redentoristas suspendem direitos de ordens do Padre Robson de Oliveira por causa das investigações movidas pelo Ministério Público
Neste domingo (23), a Igreja Católica tomou duras decisões em relação ao Padre Robson de Oliveira Pereira, investigado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), na Operação Vendilhões, deflagrada nesta sexta-feira (21), a respeito de possíveis “crimes de apropriação indébita, lavagem de capitais, organização criminosa, sonegação fiscal e falsidade ideológica praticadas pelos dirigentes das três associações ligadas à Igreja Católica em Trindade, que recebiam doações em dinheiro de fiéis”.
Dom Washington Cruz, arcebispo Metropolitano, baixou decreto de Suspensão Ad Cautelan do uso de ordens, por considerar a “necessidade de prevenir escândalos, garantir o curso da justiça e tutelar a fé, bem como de investigar as acusações realizadas contra o Padre Robson de Oliveira”. A decisão tem “caráter meramente administrativo (portanto, não penal)”.
A outra decisão partiu do Superior Provincial da Congregação do Santíssimo Redentor de Goiás, Padre André Ricardo, que também editou decreto estabelecendo limitação do exercício do ministério do Padre Robson de Oliveira que, doravante, “está proibido de exercer qualquer ato de ministério sacerdotal, incluindo, entre outros, a absolvição de pecados (cf. cân. 967, §2) e a pregação (cf. cân. 764), com exceção apenas da celebração da Santa Missa estritamente ao interno da comunidade religiosa (cf. cân. 1333). Dentre outras suspensões, Padre Robson “está proibido de participar, realizar e protagonizar programas de televisão, rádio ou internet. Isso inclui conceder qualquer entrevista jornalística ou de natureza semelhante”.
As restrições têm validade até 23 de janeiro de 2021, quando será feita “reavaliação das circunstâncias” que levaram à tomada de decisão. Publicamos aqui a íntegra dos documentos.
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