A pandemia segue fazendo vítimas em Trindade
Falta consenso entre políticos e líderes em geral sobre que medidas podem ser mais efetivas no combate à Covid-19
Homem chorando. (Foto: Canva) |
Nas nossas contas imprecisas, nesta sexta-feira (12) nos colocamos diante de, pelo menos, 215 mortes provocadas pela Covid-19 em Trindade, baseado em números divulgados pelo Gabinete de Operações Emergência em Saúde da Prefeitura, via Boletim Epidemiológico. Aproveitamos para externar publicamente aqui a nossa solidariedade às famílias que perderam seus entes queridos, importante que se diga.
Enquanto a doença se alastra, a vacinação segue em ritmo de tartaruga no Brasil, em Goiás e na Capital da Fé também. O Coronavírus continua infectando pessoas numa velocidade vertiginosa ao passo que políticos e líderes em geral se distraem engalfinhados numa queda de braço como se caixão tivesse gaveta. Talvez o foco devesse estar na formação de consenso nos diversos setores da sociedade para se criar e botar em prática medidas efetivas para se cuidar melhor da população. Vai saber, né? Talvez...
No dia a dia, basta o prefeito estabelecer medidas restritivas (lockdown é outra coisa) das atividades não essenciais, para líderes ou populares mesmo, bem como vereadores jogarem para as respectivas plateias defendendo a reabertura total da economia, falando que os protocolos serão obedecidos. Se é verdade que o “homem faz planos e Deus ri”, não é de todo desarrazoado dizer que o Coronavírus debocha de todos nós sempre que alguém fala que os protocolos estão sendo obedecidos. Dá só uma espiada na plataforma de embarque dos ônibus. Olhe ali naquele supermercado, veja com seus olhos o movimento. E tome mais e mais pessoas infectadas onde quer que se vá.
Claro, as contas vencem, os boletos precisam ser pagos e tem locador de imóveis comerciais que não quer saber se vendeu ou não, quer o dinheiro na conta e pronto. Fornecedores costumam decidir dessa forma. Donos de imóveis residenciais agem assim também, ora pois. E aí, como quitar dívidas, honrar compromissos se não faturou nada, de bolsos vazios, sem salário? Essa é a dura realidade de muita gente, mas o poder público tem sido incapaz de engendrar política pública para solucionar a questão no contexto em que o distanciamento social é defendido como forma eficiente de se combater a proliferação do vírus.
Com efeito, o pior da situação é saber da existência de gente que ainda vive duvidando e lançando dúvidas quanto ao potencial deletério da vida humana que a pandemia esfrega na cara de todo mundo, a todo momento, pelos assombrosos números de indivíduos internados, em tratamento nas enfermarias e leitos de UTI. Agora inclusive nos corredores hospitalares ou das Unidades de Pronto Atendimento (UPA). No entanto, isso impressiona pouco, as pessoas estão anestesiadas. O brasileiro “cordial” dá toda a pinta de que está nem aí ou talvez esteja, mas desde que o problema seja o calo no próprio pé, se é que consigo me fazer entender. A dor que dói nos outros, como se diz, é “mimimi”. E outros tantos garantem que a Covid-19 é uma “gripezinha”.
No atual contexto e para o espanto de seu ninguém, há homens e mulheres que permanecem por aí sempre a fim de festas, baladas e que tais, conforme constatamos diariamente no noticiário e em postagens nas redes sociais. Na vida real, contudo, temos hospitais lotados, profissionais da Saúde extenuados e há quem fale da possibilidade de se ter em breve uma impensável crise funerária com falta de espaço em cemitérios para sepultamento ou mesmo a produção de caixões se tornar insuficiente para atender à demanda. Um horror! Dizer o quê numa situação dessas? Deus tenha piedade de nós!
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