Infectologista do Hutrin alerta para preconceito contra pacientes com tuberculose
No Dia Mundial da Tuberculose, Guilhermo Socrates, do Hutrin, diz que é preciso identificar sintomas e procurar tratamento adequado
Infectologista Guilhermo Socrates do Hutrin (Foto: Divulgação) |
O infectologista do Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin), em Goiás, Guilhermo Socrates, fez um alerta nesta quarta-feira (24), Dia Mundial da Tuberculose, sobre a importância de reconhecer e tratar adequadamente a doença, descoberta há 200 anos, mas que continua sendo uma emergência mundial.
Um dos maiores problemas está na descontinuidade do tratamento, que pode levar mais de seis meses. “No geral, os sinais mais frequentes são: tosse, cansaço excessivo, falta de ar, febre baixa, sudorese noturna, perda de apetite e rouquidão. É preciso saber que a tuberculose é contagiosa e a transmissão é direta, ou seja, de pessoa para pessoa. A bactéria causadora da doença pode passar por meio do falar, espirrar ou tosse, em pequenas gotas de saliva”, alerta o médico.
Segundo o infectologista, atualmente ainda existe um estigma associado à doença. “Os doentes convivem com o misto de medo e o preconceito em relação à doença. Vale a pena ressaltar que a patologia é curável em praticamente 100% dos casos novos, usando a medicação adequada, pelo tempo adequado e que todo o tratamento é distribuído e acompanhado gratuitamente pelo SUS”, diz.
O Brasil está em 18º lugar entre os países com o maior número de casos de tuberculose em todo mundo. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), a infecção ainda atinge cerca de 10,4 milhões de pessoas por ano (2019) em todo o mundo, e quase 490 mil têm tuberculose multirresistente aos medicamentos. No Brasil, em 2019, foram detectados 77 mil casos novos e registradas 4.500 mortes por tuberculose, segundo a Secretaria de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde.
PrevençãoA
principal maneira de prevenir a tuberculose em crianças é com a
vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), ofertada gratuitamente no
Sistema Único de Saúde (SUS). Essa vacina deve ser dada às
crianças ao nascer, ou, no máximo, até os 4 anos de idade. A
vacina BCG protege a criança contra formas mais graves da doença,
como a tuberculose miliar e a meníngea.
A prevenção da tuberculose inclui também evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, e não utilizar objetos de pessoas contaminadas. Mantenha as janelas e portas abertas para a circulação de ar.
Aline Marinho & Camila Braunas da Assessoria de Comunicação do Hospital Estadual de Urgências de Trindade (Hutrin)
Comentários
Postar um comentário
Obrigado por comentar... Vamos analisar para publicar nos comentários.