Medidas restritivas em Goiânia, Trindade e diversos municípios
Restrições às atividades não essenciais é uma medida polêmica pois o transporte coletivo provoca aglomerações nos terminais e nos ônibus lotados
Desde ontem, segunda-feira (1) encontra-se em vigor medidas restritivas mais severas em diversos municípios da região Metropolitana de Goiânia, Trindade no meio, que, no geral, restringem o funcionamento normal daquelas atividades essenciais discriminadas em decretos do Governo de Goiás e também dos prefeitos que decidiram, por exemplo, fechar por sete dias, pontos de comércio e serviços. Antes de terminar este prazo será feita avaliação técnica e, havendo o recuo no número de contaminação de pessoas pelo novo coronavírus e caindo o nível de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) ali por volta dos 75%, podem ser retiradas as restrições. E vale lembrar que o governo goiano já abriu diversas vagas em UTI, mesmo assim, a capacidade de atendimento não chega ao nível ideal. Fica parecendo aquele negócio do cachorro correndo atrás do próprio rabo para mordê-lo. Há relatos de filas de espera de pacientes por leitos de UTI inclusive em hospital da rede privada cuja diária gira ao redor de R$ 30 mil!
A forte impressão que se tem é a de que do jeito que as coisas vão indo a pandemia não será superada tão cedo e o custo em vidas deve vir a ser uma selvageria sem igual. Até o momento, Goiás registra 395.836 casos de pessoas infectadas e 8.517 mortes confirmadas por causa da Covid-19. Evitar aglomerações, lavar frequentemente as mãos com sabão ou higienizar com álcool em gel, usar máscara facial constituem o protocolo básica de convivência social nestes tempos de pandemia, todavia não tem sido suficiente para barrar a proliferação do vírus em terras brasileiras onde mais de 251 mil pessoas morreram porque a doença tem se mostrado mais poderosa do que uma gripezinha qualquer.
Representantes e trabalhadores das atividades alcançadas pelas medidas criticam a decisão, as redes sociais estão cheias de memes fazendo pouco caso da decisão dos gestores. Um internauta mostrou seu ponto de vista a respeito das restrições, preconizadas pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) e encampadas por vários prefeitos da seguinte forma. “Esse lockdown nada resolve. O que resolve é a população se conscientizar e higienizar. O que precisa ser feito eles não fazem, é ter controle do transporte público, exigir mais ônibus nas ruas e todo mundo sentado e álcool em gel na entrada, e não levar ninguém sem máscara, evitar aglomeração. Evitar a politização da doença! O pobre precisa trabalhar. Se a economia parar tudo virará caos. O que tem de pequenos empresários fechando suas portas não é brincadeira! Queremos trabalhar e precisamos”, afirmou o internauta que preferimos não revelar o nome. A situação é muito complicada mesmo e não se entende bem o motivo do transporte coletivo urbano permanecer em funcionamento normalmente, com os ônibus lotados e as pessoas espremidas à semelhança de sardinhas em lata.
Missas e cultos religiosos também estão suspensos e já vimos líder político pedindo que a decisão seja revertida. O fato é que se depender do ponto de vista de cada pessoa haverá dificuldade para se decidir qualquer coisa. “Farinha pouca meu pirão primeiro”, como diz o ditado, e daí não se chegará a nenhum lugar. Ou pior, continuaremos marchando rumo ao precipício. Não é fácil decretar essas medidas restritivas, muito mais ainda falar-se em lockdown. O prefeito de Jataí, no Sudoeste goiano, por exemplo, assinou decreto em que proibia a circulação de pessoas e até veículos durante a dia, que valeria a partir desta quarta-feira (3), mas recuou da decisão, afrouxou as regras, permitindo a limitando a circulação para o horário entre 21h às 6h. Isso mostra como será difícil essa tarefa de combater a pandemia. Ah, e ritmo de vacinação vai indo num velocidade que faz lembrar aquele samba, “é devagar, devagarinho”...
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