Dia Nacional do Combate à Cefaleia chama a atenção para causas e tratamentos das dores de cabeça
Geriatra indica soroterapia para o alívio das crises de enxaqueca
Dra. Márcia Umbelino, geriatra. (Foto: Divulgação)
Comemorado em 19 de Maio, o Dia Nacional do Combate à Cefaleia é uma data para refletir sobre um mal que afeta cerca de 15% da população mundial em algum momento da vida. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe), estima-se que 2% das pessoas sofrem com enxaqueca crônica (um tipo de cefaléia), uma doença incapacitante e que compromete a qualidade de vida. No Brasil, pelo menos 30 milhões de pessoas enfrentam o problema, que é três vezes mais comum em mulheres do que homens. A doença também atinge mais os idosos, atingindo 51% da população com mais de 65 anos. A geriatra e clínica geral Márcia Umbelino explica que dores de cabeça frequentes podem ter inúmeras causas e o diagnóstico requer uma atenção mais detalhada, com uma avaliação mais global do organismo e do estilo de vida do paciente.
“A cefaleia pode ser causada por estresse, por variações hormonais (como no período da TPM na mulher), por problemas de coluna, falta ou até mesmo excesso de algum nutriente, questões relacionadas à má qualidade do sono tensional, problemas de visão, dentre muitos fatores que devem ser investigados para se chegar à causa do problema - destaca Márcia - Mas o que ocorre na maioria dos casos, é que o paciente fica apenas se medicando com analgésico e não trata a causa, o que pode agravar as dores de cabeça e o problema acaba evoluindo para uma enxaqueca crônica, de difícil tratamento”, explica a geriatra.
Segundo Márcia Umbelino, é muito comum o idoso sofrer de cefaleia por conta dos efeitos colaterais decorrentes dos muitos medicamentos exigidos pela idade avançada. Dentre as alternativas para combater o problema, Umbelino destaca a soroterapia, tratamento intravenoso feito uma vez por semana que é capaz de substituir até 10 cápsulas diárias ingeridas pelo idoso.
“Primeiro o paciente passa por uma anamnese e exames para identificar possíveis deficiências de nutrientes, intoxicações, problemas hormonais, hábitos nocivos, doenças crônicas, entre outros. Depois dessa avaliação, identificamos medicamentos e nutrientes que o paciente precisa suplementar. Porém, em vez de muitos comprimidos, fazemos um soro, injetável com dosagem semanal - relata a médica, acrescentando que na soroterapia é possível regular as dosagens para uma semana de tratamento, porque os efeitos colaterais são reduzidos e a absorção é quase total, enquanto com o medicamento, que passa por estômago e intestino, é menor”, conclui.
Entre as substâncias que podem ajudar a combater as cefaleias, Márcia Umbelino destaca Zinco, Magnésio, vitamina B6 e equinácia (um fitoterápico), além daquelas que ajudam na produção de dopamina, geralmente deficientes em pessoas que sofrem com enxaquecas. “Existem pacientes que usam inúmeros medicamentos para minimizar as dores e elas não desaparecem. Muitas vezes técnicas complementares são mais eficazes do que a medicação convencional. O importante é o paciente buscar tratamento e não achar que tem que se acostumar com a dor. Essa é a maior importância desta data que marca o combate à Cefaleia: lembrar que paciente que sentir dor não é normal e que existem tratamentos possíveis!”, ressalta a doutora. (Da Assessoria de Comunicação)
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