Uso da máquina pública nas campanhas eleitorais
Parecia que os políticos brasileiros estavam no caminho de usar menos a máquina pública na "pedição" de votos, mas retrocedemos...
Sim, ninguém me perguntou nada, mas vou deixar escrito aqui assim mesmo. Estou assustado com a sem-cerimônia com a qual os políticos estão usando a tal da máquina pública em benefício de campanhas eleitorais dos seus chegados, de si próprios. Moço do céu, o trem chegou num nível tão maluco que já foi normalizado pelas pessoas que nem reclamam mais, sequer criticam a prática. Quem está no poder e lança um amigo ou parente na disputa usa funcionários públicos em cargos comissionados como cabos eleitorais de boa, como se diz. Para surpresa de ninguém, as campanhas que contam com o apadrinhamento de um líder confortavelmente instalado no poder invariavelmente atraem mais gente para reuniões, dispõem de carros de som barulhentos, farto material na forma de bandeiras, banners e cards nas redes sociais dos apoiadores, enfim, os recursos abundam. Houve um breve período em que a gente até pensou que os poderosos fossem empregar menos o poder em benefício de candidaturas, tornando a disputa algo menos desigual. No entanto, parece que retrocedemos bastante nisso de pedir votos sem onerar demais a máquina estatal. E o pior é lembrar que os políticos criaram para bancar a brincadeira toda de fazer política fundo partidário e fundo eleitoral, mas os excelentíssimos têm um apetite voraz quando o assunto é dinheiro público. Eta saco da ambição que não enche nunca! Antes de ir embora, vou deixando aqui uma reflexão tirada do livreto do Torres Pastorino, o Minutos de Sabedoria, Editora Vozes, sobre uma forma bacana de agir que aquelas criaturas que entram para a política fariam um enorme bem caso assim resolvessem trabalhar em favor do próximo.
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